Pelas 15h00 locais (14h00 em Lisboa), dois funcionários do Parlamento Europeu, em Bruxelas, começaram a retirar da fachada as bandeiras dos 27 países, incluindo Portugal, que hoje integram o bloco comunitário, substituindo-as por bandeiras da União Europeia e da Ucrânia, intercaladas.
O mesmo aconteceu em frente à Comissão Europeia para transmitir uma mensagem: dois anos depois do início da invasão russa a União Europeia está ao lado da Ucrânia, país que é candidato à adesão também há quase dois anos.
Em comunicado conjunto, divulgado pouco depois do momento simbólico em frente às instituições, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, e a do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, consideraram que no sábado vai ser assinalado um "aniversário trágico".
Fontes comunitárias confirmaram à Lusa que a presidente da Comissão Europeia vai estar em Kiev, capital da Ucrânia, no sábado, para assinalar o segundo aniversário da invasão russa, sem adiantar pormenores sobre o programa de Von der Leyen.
"[O segundo aniversário] da guerra de agressão contra a Ucrânia [...], dois anos de violência, brutalidade, terror e destruição. Nunca esqueceremos o choque inicial do ataque, o horror dos acontecimentos em Borodianka, Bucha, Mariupol", sustentaram.
Os líderes das três instituições políticas europeias acrescentaram que, "apesar das atrocidades que continuam e de todo o sofrimento causado" à população ucraniana, o país "continua firme".
"A população heroica da Ucrânia está a demonstrar determinação e força de espírito para defenderem a sua pátria e lutarem pela liberdade e os nossos valores europeus partilhados", reconheceram.
Insistindo que a Rússia e o seu Presidente, Vladimir Putin, são os responsáveis pelos efeitos, incluindo globais, desta guerra, Michel, Metsola e von der Leyen reiteraram o "apoio inequívoco" à Ucrânia e a responsabilização de Moscovo.
[Notícia atualizada às 16h37]
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