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Casal de iranianos suspeitos de planear ataques contra judeus na Suécia

Um casal de iranianos que trabalhava para os serviços secretos do regime islâmico, deportados em 2022 pelas autoridades suecas para o Irão, são suspeitos de planear o assassínio de judeus na Suécia, revelou hoje a rádio pública sueca.

Casal de iranianos suspeitos de planear ataques contra judeus na Suécia
Notícias ao Minuto

14:06 - 06/02/24 por Lusa

Mundo Suécia

Mahdi Ramezani e Fereshteh Sanaeifarid foram detidos em abril de 2021 nos subúrbios de Estocolmo, por suspeita de conspiração para cometer um crime terrorista, segundo avançou a mesma fonte.

O casal, que obteve asilo em 2017 fazendo-se passar por cidadãos afegãos, foi deportado da Suécia para o Irão em 2022 por representar uma ameaça à segurança nacional, de acordo com uma investigação jornalística da rádio pública sueca Sveriges.

"Estamos convencidos que estiveram aqui numa missão em nome do Irão. [Os iranianos] foram considerados uma ameaça muito séria à segurança da Suécia. É por isso que foram expulsos", disse Hans Ihrman, o procurador responsável pelo caso quando o casal foi detido, em declarações à rádio Sveriges, hoje citadas pelas agências internacionais.

Não foi divulgada qualquer informação oficial sobre estas duas pessoas, mas a investigação da rádio pública sueca avança que o casal recebeu instruções da Guarda Revolucionária do Irão, o exército ideológico da República Islâmica, para planear e instigar ataques na Suécia contra alvos judeus.

Durante o período em que permaneceram no país escandinavo, estes alegados agentes iranianos identificaram três judeus suecos, entre os quais Aron Verständig, presidente do Conselho Oficial das Comunidades Judaicas da Suécia, com a recolha de informações e fotografias.

Verständig foi notificado pelos serviços de informação suecos de que era um alvo destes iranianos em 2021, segundo referiram a rádio sueca e o jornal Aftonbladet.

"Fiquei preocupado. Como pai de crianças pequenas, tenho (...) uma grande responsabilidade em relação à segurança [delas]", reagiu Verständig à rádio sueca.

"Houve um reconhecimento do terreno. Houve contactos com o Irão. Foi sobre os pormenores como os alvos seriam atacados que não conseguimos obter as provas necessárias que teriam sido um pré-requisito para a acusação", explicou ainda Hans Ihrman à rádio pública sueca.

Os dois iranianos negaram todas as acusações, segundo a rádio.

Irão e Israel estão envolvidos num clima de confrontação há vários anos.

Telavive acusa Teerão -- que nega - de querer adquirir a bomba atómica para fins militares, com os israelitas a assumirem abertamente que pretendem impedir tal avanço e contrariar a influência dos iranianos no Médio Oriente.

O Irão, por sua vez, acusa Israel de estar por detrás de uma série de sabotagens e assassínios que visam o programa nuclear iraniano.

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