Detido autor de incêndio que matou 76 pessoas em Joanesburgo
A polícia de Gauteng, onde se situa Joanesburgo, deteve um homem que confessou a autoria do incêndio ocorrido em agosto do ano passado no centro da cidade sul-africana, no qual morreram 76 pessoas, incluindo 12 crianças.
© Getty Images/Ihsaan Haffejee
Mundo Incêndio
O porta-voz policial Dimakatso Nevhuhulwi salientou que o homem, de 29 anos, foi preso hoje, depois de confessar a autoria do crime a uma comissão governamental que investiga a tragédia ocorrida no prédio Usindiso, em Marshalltown, centro de Joanesburgo, a capital económica do país.
"O homem de 29 anos foi preso depois de confessar na Comissão de Inquérito o seu envolvimento na origem do trágico incêndio", declarou à imprensa local sul-africana.
Segundo a polícia, o homem deverá comparecer em breve perante um tribunal de Joanesburgo, sendo acusado de "incêndio criminoso, 76 acusações de homicídio e 120 acusações de tentativa de homicídio", salientou.
No inquérito, o homem declarou que o incêndio se propagou quando ateou fogo sobre o corpo da vítima de um crime que tentou esconder, após estrangular um homem até à morte, deitando-lhe depois gasolina sobre o corpo e um fósforo.
A comissão de inquérito foi criada para investigar as circunstâncias do incêndio em 31 de agosto de 2023 e a prevalência de edifícios abandonados e sequestrados no centro da cidade sul-africana de Joanesburgo.
Pelo menos 76 pessoas morreram em consequência do incêndio que deflagrou num edifício de cinco andares denominado "Sintechos Usindiso Shelter", propriedade da autarquia e que esteve arrendado a uma Organização Não-Governamental (ONG) antes de ser alegadamente sequestrado, segundo as autoridades municipais.
Em setembro, o Papa Francisco expressou, na audiência aos fiéis na Praça São Pedro, a sua "profunda dor" pelas vítimas do incêndio ocorrido na cidade sul-africana.
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