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Equador utilizará exército e polícia para manter segurança nas prisões

As autoridades equatorianas decretaram hoje que a segurança dentro das prisões será feita pela polícia e pelas Forças Armadas até nova ordem, uma vez que metade dos crimes que ocorrem nas ruas do país é orquestrada dentro dos presídios.

Equador utilizará exército e polícia para manter segurança nas prisões
Notícias ao Minuto

13:49 - 17/01/24 por Lusa

Mundo Equador

O comandante da polícia equatoriana, general Víctor Herrera, acredita que, com um "bom controlo" no interior dos estabelecimentos prisionais, "a curto e médio prazo" haverá mais paz nas ruas.

Entre as medidas de controlo mencionadas pelo responsável está a redistribuição dos presos não de acordo com o grupo criminoso a que pertencem, mas com base na sua perigosidade, e o isolamento dos líderes dos grupos.

"Este controlo será efetuado pelas Forças Armadas e pela polícia. O controlo do interior das prisões será da responsabilidade direta das duas instituições", sublinhou Herrera, numa entrevista à Radio Centro.

Na semana passada, o Presidente do Equador, Daniel Noboa, decretou o estado de emergência depois de inúmeros incidentes ocorridos em várias prisões do país, com o sequestro e assassínio de funcionários, bem como a fuga de um dos principais chefes criminosos do país, José Macias Villamar, conhecido como 'Fito'.

Até então, a segurança nas prisões era da responsabilidade do muito desatualizado e questionado SNAI, o serviço penitenciário nacional.

Os acontecimentos dos últimos dias puseram em evidência, como denunciaram os próprios funcionários penitenciários, a escassez de meios e de proteção de que dispõem para realizar o seu trabalho.

Outrora um país classificado como pacífico, o Equador está a ser devastado pela violência depois de se ter tornado o principal ponto de exportação da cocaína produzida nos vizinhos Peru e Colômbia.

Os recentes motins ocorridos em diversas prisões do país é uma parte de uma escalada de violência protagonizada pelos grupos do crime organizado no Equador, que também incluiu ameaças contra universidades, instituições estatais e empresas, sequestros e atentados contra polícias, veículos incendiados, explosões e até um ataque armado a uma estação de televisão na cidade de Guayaquil.

Os acontecimentos deram-se quando o Governo do Presidente Daniel Noboa, de 36 anos -- eleito no outono com a promessa de restaurar a segurança no país -, se preparava para pôr em prática o seu plano para recuperar o controlo das prisões equatorianas, muitas das quais são internamente dominadas por estes grupos criminosos, cujas rivalidades fizeram desde 2020 mais de 450 mortos entre os reclusos, numa série de massacres.

Essa violência também se estendeu às ruas, até fazer do Equador um dos países mais violentos do mundo.

Leia Também: Equador precisa de 1.000 milhões de dólares para responder à violência

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