Governador argentino recorre a Supremo contra decreto de presidente Milei

O governador da província de La Rioja, no norte da Argentina, Ricardo Quintela, decidiu hoje pedir ao Supremo Tribunal que declare inconstitucional o decreto do Presidente argentino, Javier Milei, para avançar numa desregulamentação da economia.

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© Mariana Nedelcu/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
29/12/2023 14:32 ‧ 29/12/2023 por Lusa

Mundo

Argentina

O líder provincial - dirigente do oposicionista Partido Justicialista (Peronista) - anunciou nas redes sociais que instruiu os advogados Eugenio Raúl Zaffaroni, ex-membro do Supremo Tribunal argentino e ex-juiz do Tribunal Interamericano de Direitos Humanos, e Raúl Gustavo Ferreyra para formalizar perante o Supremo Tribunal de Justiça uma "ação declaratória na qual se reivindica a declaração de inconstitucionalidade" do decreto de Milei.

Poucos dias depois de assumir a presidência argentina, Milei assinou um decreto de necessidade e urgência (DNU) para desregulamentar a economia, que inclui a revogação de diversas leis.

Segundo Quintela, o decreto - que hoje entrou em vigor - produz "danos irreparáveis aos cidadãos", porque é contrário a vários artigos da Constituição Nacional da Argentina e ao artigo 26 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (CADH).

Além disso, o governador de La Rioja solicitou ao Supremo Tribunal a emissão de uma medida cautelar para a suspensão total dos efeitos do decreto e também solicitou que ordene ao Governo que não aplique nenhuma das suas disposições até haver uma resolução definitiva do processo.

O decreto já foi objeto de outras apresentações individuais e coletivas em diversas instâncias judiciais, mas este que foi anunciado hoje pelo governador de La Rioja é o primeiro perante o Supremo Tribunal.

Além do decreto de necessidade urgente (DNU) da semana passada, Milei enviou na quarta-feira ao Parlamento um projeto de lei que declara estado de emergência pública na Argentina até ao final de 2025 - prorrogável por mais dois anos -, período em que ficam delegados no Presidente amplos poderes legislativos.

Leia Também: Argentina. Central sindical convoca greve geral contra medidas de Milei

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