Meteorologia

  • 04 MAIO 2024
Tempo
20º
MIN 13º MÁX 20º

Vinte mortos em ataque de grupo rebelde no oeste do Burundi

Vinte pessoas, entre as quais 19 civis, foram mortas no oeste do Burundi, afirmou hoje o Governo, num ataque reivindicado pelo grupo rebelde RED-Tabara, que adiantou ter matado 10 membros das forças de segurança.

Vinte mortos em ataque de grupo rebelde no oeste do Burundi
Notícias ao Minuto

15:55 - 23/12/23 por Lusa

Mundo Burundi

O ataque ocorreu na sexta-feira à noite na localidade de Vugizo, situada a cerca de 20 quilómetros de Bujumbura e na fronteira com a República Democrática do Congo, país onde se encontra a base da RED-Tabara (Resistência ao Estado de Direito no Burundi), o principal grupo armado de combate ao regime liderado por Evariste Ndayishimiye.

Em comunicado, o Governo afirmou que este "ataque cobarde" visou deliberadamente civis, matando 20 pessoas, incluindo "12 crianças, cinco das quais com menos de 5 anos; três mulheres, duas das quais grávidas; e cinco homens, um dos quais agente da polícia que interveio para tentar salvar os civis".

Nove pessoas ficaram feridas e foram transportadas para o hospital, acrescentou o Governo, condenando o "ato terrorista desprezível e bárbaro".

Numa mensagem na rede social "X" (antigo Twitter), o grupo RED-Tabara afirmou que os seus "combatentes (...) baseados no Burundi atacaram o posto fronteiriço de Vugizo" e que "nove soldados e um polícia foram mortos".

Duas fontes militares e de segurança avançaram à AFP que o ataque tinha como alvo "uma posição militar".

"Os civis foram apanhados no fogo cruzado e mortos, depois de os atacantes se retiraram para a República Democrática do Congo", afirmou um oficial superior do exército que pediu o anonimato e confirmou o número de vítimas mortais.

Esta foi a segunda ação, em menos de duas semanas, dos rebeldes em solo burundiano, onde não estavam ativos desde os ataques de setembro de 2021, um dos quais contra o aeroporto de Bujumbura.

Em 11 de dezembro registaram-se confrontos com soldados no noroeste do país.

"O movimento RED-Tabara promete continuar as suas operações em todo o país", escreveram os rebeldes no "X".

Criada em 2011 e com uma força de cerca de 500 a 800 homens, a RED-Tabara é acusada de ser responsável pela maioria dos ataques mortais e emboscadas no país desde 2015.

O Presidente Evariste Ndayishimiye, que chegou ao poder em junho de 2020 na sequência da morte súbita de Pierre Nkurunziza, afirmou em várias ocasiões estar disposto a dialogar com os grupos rebeldes, nomeadamente a RED-Tabara e as Forças Nacionais de Libertação.

A RED-Tabara rejeitou o convite, reiterando, num comunicado, que a sua condição prévia era "a negociação de condições para a organização de eleições democráticas, livres, inclusivas e transparentes".

Leia Também: Autoridades do Burundi acusam Bunyoni de planear assassinar o presidente

Recomendados para si

;
Campo obrigatório