O acordo, que ainda tem de ser aprovado pelo parlamento finlandês, deverá ser assinado em Washington na segunda-feira, pondo termo a mais de um ano de negociações bilaterais.

A Finlândia é o membro mais recente da NATO, a que aderiu em abril de 2023, após décadas de não-alinhamento, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022.

A Suécia, que pediu a adesão ao mesmo tempo que a Finlândia, aguarda o aval da Turquia para se tornar o 32.º membro da NATO, a sigla inglesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros finlandês disse, em comunicado, que o acordo reforçará a defesa da Finlândia, uma vez que permite a presença e o treino das forças norte-americanas e o armazenamento de material de defesa no país.

"O acordo que estamos prestes a assinar irá aprofundar ainda mais a parceria bilateral entre a Finlândia e os Estados Unidos", afirmou a ministra dos Negócios Estrangeiros, Elina Valtonen, citada pela agência espanhola EFE.

"Reforçará a segurança e a defesa da Finlândia, e permitirá a cooperação em todas as situações de segurança", acrescentou, durante uma conferência de imprensa em Helsínquia.

O ministro da Defesa, Antti Hakkanen, considerou que o acordo "é muito significativo para a defesa e segurança da Finlândia", segundo a agência norte-americana AP.

"Trata-se de uma mensagem muito forte nesta altura. Os Estados Unidos estão empenhados na nossa defesa, mesmo numa situação difícil", disse Hakkanen.

A Finlândia, com 5,6 milhões de habitantes, partilha uma fronteira de 1.340 quilómetros com a Rússia, que constitui uma parte significativa do flanco nordeste da NATO e funciona como fronteira externa da União Europeia no norte.

Com o acordo, as forças norte-americanas terão acesso a áreas e instalações militares em todo o país, desde uma base naval no sul e bases aéreas no interior até uma área de treino na Lapónia, no norte do Ártico.

As tropas norte-americanas ficam autorizadas a ter uma presença permanente e a efetuar exercícios regulares na Finlândia, mas não há planos para estabelecer bases militares permanentes na Finlândia, segundo as autoridades.

Vários países da NATO têm atualmente acordos bilaterais de defesa semelhantes com os Estados Unidos.

Na semana passada, o vizinho nórdico da Finlândia, a Suécia, que está prestes a aderir à NATO, assinou um acordo semelhante.

Espera-se que a Dinamarca, membro da Aliança, o faça num futuro próximo, acrescentou a AP.

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