Presidente da Comissão Europeia pede que se protejam civis em Israel

A presidente da Comissão Europeia defendeu hoje que Israel tem o direito de garantir que não se repetem os ataques terroristas do movimento islamita Hamas de 07 de outubro, mas deve proteger os civis palestinianos.

presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen,

© Christian Marquardt/NurPhoto via Getty Images

Lusa
13/12/2023 11:27 ‧ 13/12/2023 por Lusa

Mundo

Israel

"Israel tem o direito de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para garantir que nunca mais haverá um acontecimento horrível como o que aconteceu em 07 de Outubro", quando terroristas do Hamas invadiram território israelita, mataram cerca de 1.200 pessoas e raptaram mais de duas centenas, considerou Ursula von der Leyen na sessão plenária do Parlamento Europeu a decorrer em Estrasburgo.

Dito isto, Israel também tem o dever de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proteger os civis, mesmo que o Hamas os utilize como escudos humanos", acrescentou.

A dirigente considerou que o Hamas "poderia por um fim [à guerra] ao parar com os combates", ao libertar os reféns e deixar de se esconder atrás de civis, acrescentando que a par do apoio de emergência da União Europeia, também se deve voltar ao caminho da solução de dois Estados.

"Não pode haver paz a não ser que haja perspetiva de uma solução política, tanto para israelitas, como para palestinianos", referiu von der Leyen, enumerando três áreas principais: os princípios que norteiam o "dia depois", como a organização de uma conferência internacional sobre paz, a situação na Cisjordânia, em que se devem sancionar os autores dos ataques, e a necessidade de prevenir que os conflitos se propaguem a toda a região.

"Temos assistido a um aumento no número de tiros disparados pelo Hezbollah pró-iraniano através da fronteira israelita", além dos ataques perpetrados pelos [rebeldes iemenitas] Huthis e o aumento do número de ataques contra navios mercantes no Mar Vermelho, o que é "perigoso, mas ainda é possível impedir que a situação se agrave", considerou.

No debate sobre a presidência espanhola do Conselho da União Europeia, a presidente defendeu "soluções europeias", recordando o trabalho feito no reforço de fronteiras, no combate ao tráfico humano e nos repatriamentos.

"Precisamos de encontrar um novo equilíbrio com os países além das nossas fronteiras" disse a responsável, pedindo a gestão das fronteiras e o combate ao contrabando, além do intercâmbio de pessoas, o comércio e a criação de emprego.

"Esta abordagem começa a dar resultados na Tunísia, onde as partidas irregulares de Sfax abrandaram. Esperamos agora chegar em breve a um acordo com o Egito, onde a migração faça parte de uma parceria mais ampla", referiu Ursula von der Leyen, que espera que seja possível finalizar ainda em 2023 o novo pacto sobre migração e asilo.

Leia Também: Deputado turco sofre enfarte após dizer que "Israel sofrerá ira de Alá"

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