A primeira-dama do Brasil, Janja Lula Silva, viu a sua conta na rede social X (antigo Twitter) ser hackeada na noite de segunda-feira, tendo sido partilhadas publicações ofensivas não só contra ela, como também contra o presidente brasileiro e contra o juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Esta terça-feira, Janja Lula da Silva reagiu e classificou o sucedido como um "ataque de ódio".
"Na noite de ontem, os ataques de ódio e o desrespeito que eu sofro diariamente chegaram a outro patamar. Minha conta do X foi hackeada e, por minutos intermináveis, foram publicadas mensagens misóginas e violentas contra mim. Posts machistas e criminosos, típicos de quem despreza as mulheres, a convivência em sociedade, a democracia e a lei", afirmou a mulher de Lula da Silva, numa nota divulgada pela imprensa brasileira.
"Eu já estou acostumada com ataques na internet, por mais triste que seja se acostumar com algo tão absurdo. Mas a realidade é que a internet é um espaço potente para o bem e para o mal. E é comprovado que nós, mulheres, somos as que mais sofrem com os ataques de ódio aqui nas redes. O que eu sofri ontem é o que muitas mulheres sofrem diariamente", acrescentou.
Janja Lula da Silva destacou que mulheres em todo o Brasil "são vítimas de ataques machistas, que tomam conta das redes sociais e muitas vezes saem dela, acabando em agressões físicas e feminicídios".
"Milhares de mulheres perdem ou até tiram a própria vida a partir de ataques como o que sofri na noite de ontem", notou.
Segundo a primeira-dama do Brasil, a Polícia Federal e a plataforma X "foram acionados imediatamente e estão tomando as devidas providências".
"O ódio, a intolerância e a misoginia precisam ser combatidos e, os responsáveis, punidos. Agradeço todas as manifestações de solidariedade e apoio que tenho recebido desde então. Eu sei, e é sempre bom relembrar, que não estamos sozinhas", rematou.
A Polícia Federal também confirmou conseguiu bloquear a conta após as publicações "ofensivas contra a senhora Janja e o Presidente da República". Foi aberta uma investigação para apurar o sucedido.
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