Atrasos na ajuda militar são "um sonho tornado realidade" para Putin

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou hoje, em Washington, que qualquer atraso na ajuda militar à Ucrânia é "um sonho tornado realidade" para o seu homólogo russo.

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© Artur Widak/NurPhoto via Getty Images

Lusa
11/12/2023 23:34 ‧ 11/12/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Vladimir "Putin deve perder" a guerra, afirmou o chefe de Estado ucraniano, ao mesmo que garantia que os EUA "podem contar com a Ucrânia" e acentuava em contrapartida: "Também esperamos contar convosco".

Zelensky, que discursava em uma universidade de Washington, espera obter o desbloqueio de verbas, muito necessárias para o seu esforço de guerra, de resistência à invasão russa, mas que estão a motivar discussão forte no Congresso.

Os EUA são o apoio militar mais importante de Kiev desde a invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, mas a promessa do presidente democrata, Joe Biden, de continuar a apoiar financeiramente a Ucrânia está com problemas.

O Congresso recusou aprovar na semana passada um apoio financeiro superior a 61 mil milhões de dólares.

Ao seu lado, o secretário da Defesa dos EUA, Lloyd Austin, procurou tranquilizá-lo, ao dizer que "o compromisso dos EUA em apoiar a Ucrânia a resistir à agressão russa é inquebrantável".

Zelensky tem prevista uma deslocação ao Fundo Monetário Internacional, para se reunir com a diretora deste, Kristalina Georgieva, e o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga.

Porém, terça-feira é que vai ser o dia crucial da sua presença nos EUA.

Com efeito, no início da manhã, Volodymyr Zelensky vai estar no Congresso dos EUA, que já aprovou mais de 110 mil milhões de dólares em ajuda desde a invasão russa, onde se vai reunir com os líderes partidários, o democrata Chuck Schumer e o republicano Mitch McConnell.

Depois de discursar aos senadores, vai reunir-se com o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson.

Este último já se declarou favorável, em princípio, a aprovar novos fundos para a Ucrânia, mas tem de lidar com a ala mais extremista do seu partido, a dos apoiantes de Donald Trump, que já declarou que não vai aprovar nem mais um cêntimo para apoiar Kiev.

Tudo reside em convencer suficientes republicanos moderados a apoiar um novo conjunto de apoios.

Mas os republicanos exigem em contrapartida alterações relevantes na política de imigração dos EUA.

Biden já se declarou favorável a "compromissos importantes" sobre este assunto, mas as negociações encontram-se em um impasse.

Depois do Congresso, Volodymyr Zelensky deslocar-se-á à Casa Branca, para se reunir com Biden.

Leia Também: Argentina pode ter "papel fundamental na fórmula da paz na Ucrânia"

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