A polícia norte-americana deteve um homem em Portsmouth, no estado do New Hampshire, depois de uma sequência de várias ameaças de morte dirigidas ao candidato presidencial conservador Vivek Ramaswamy e os seus apoiantes, prometendo bombardear um evento da campanha às eleições primárias pelo Partido Republicano.
O suspeito, identificado como Tyler Anderson, de 30 anos, terá respondido a mensagens enviadas pela campanha, que promoviam um evento em Portsmouth esta segunda-feira, com intenções homicidas. Segundo a NBC News, os documentos das autoridades não identificam Ramaswamy, mas o comício era da sua candidatura.
Anderson terá enviado uma mensagem no dia 8 de dezembro, que dava conta do evento, escrevendo que era "mais uma oportunidade para rebentar-lhe o cérebro!" e que iria "matar toda a gente que apareça".
O suspeito terá admitido à polícia a autoria das mensagens e assumiu também ameaças a outros candidatos na corrida às eleições presidenciais norte-americanas de 2024.
A campanha de Vivek Ramaswamy alertou rapidamente as autoridades, mas não informou o público sobre a existência das mensagens para evitar que outros indivíduos extremistas tomassem atitudes semelhantes, avançou uma fonte da sua equipa à NBC.
Anderson terá tido ainda várias interações nos últimos anos com a polícia de Dover, no New Hampshire, de onde é natural, mas os detalhes desses incidentes não foram revelados.
O suspeito foi presente a tribunal esta tarde e enfrenta uma pena de prisão de cinco anos pelas acusações apresentadas.
A diretora de comunicação de Ramaswamy adiantou ainda que a presença policial no evento desta noite, no New Hampshire, será reforçada, incluindo com membros à paisana.
Vivek Ramaswamy chegou a ser um dos principais candidatos à nomeação pelo Partido Republicano, conseguindo angariar muito apoio no mundo empresarial conservador e liberal, especialmente no setor tecnológico, tendo sido inclusive apoiado pelo bilionário Elon Musk.
No entanto, nos últimos meses, a distância cada vez maior de Donald Trump relativamente aos outros candidatos e a disputa pelo segundo lugar entre Nikki Haley, a antiga embaixadora da ONU, e Ron DeSantis, o governador da Florida, foram relegando Ramaswamy cada vez para um longínquo quarto lugar, sendo pouco provável que o empresário consiga derrotar Trump e desafiar a presidência de Joe Biden em novembro do próximo ano.
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