O Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestiniana anunciou as mortes de Mazen Muhamad Zahran, 23 anos, e Obadia Imad Khaled Bani Odeh, 16 anos.
O primeiro morreu na cidade de Al Faraa e o segundo em Tamoun, ambos baleados pelo exército israelita.
A agência de notícias palestiniana oficial, WAFA, explicou que as mortes ocorreram no contexto de confrontos entre jovens locais e tropas israelitas, desencadeados por operações militares do exército.
A agência sublinhou ainda que outros 11 palestinianos sofreram ferimentos de bala durante os confrontos.
O exército israelita, em resposta à agência de notícias EFE, disse estar a investigar as circunstâncias da morte dos dois jovens.
A Cisjordânia ocupada está a viver a maior espiral de violência desde a segunda Intifada (2000-05) e os 470 palestinianos mortos em 2023 constitui já o número mais elevado em mais de 20 anos.
A maioria morreu em confrontos armados com as tropas israelitas, embora muitos fossem civis e mais de 100 menores.
A situação piorou na sequência da guerra de Israel contra o grupo islamita Hamas na Faixa de Gaza, que eclodiu a 07 de outubro, e desde então 262 palestinianos da Cisjordânia (incluindo 65 menores) morreram em circunstâncias violentas, nove dos quais devido a ataques de colonos.
Paralelamente, há mais de um ano que se assiste na região à proliferação de novos grupos armados palestinianos, cujos ataques resultaram em 41 mortos, na sua maioria colonos israelitas, cinco dos quais menores e sete militares.
Desde o início da guerra de Gaza, Israel intensificou ainda mais as intervenções militares na Cisjordânia e deteve mais de 3.200 palestinianos, segundo o Clube dos Prisioneiros Palestinianos. O exército estima que sejam cerca de dois mil.
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