Ebrahim Raisi assegurou hoje que a "crueldade" infligida pelas forças israelitas à população de Gaza, em particular a morte de mulheres e crianças, significará "o fim do regime sionista".
"Assistiremos à vitória dos palestinianos e à eliminação dos israelitas", declarou Raisi, num discurso no Parlamento Europeu em que propôs "uma nova ordem mundial" com os países que levantaram a voz a favor dos direitos humanos nas últimas semanas.
Raisi denunciou o facto de países que se dizem defensores dos direitos humanos, em referência aos Estados Unidos e a outros governos ocidentais, estarem a apoiar o que o Irão chama "genocídio", segundo o canal público Press TV.
O presidente iraniano considera ainda lamentável que existam instituições internacionais "responsáveis pela defesa dos oprimidos" incapazes de atuar perante a "arrogância global" simbolizada pelos Estados Unidos, numa alusão velada às Nações Unidas e ao Conselho de Segurança.
Ebrahim Raisi efetuará uma visita oficial à Rússia na quinta-feira para se encontrar com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, com quem discutirá questões bilaterais e internacionais, incluindo a crise de Gaza.
Israel declarou guerra após o ataque sem precedentes ao sul do país pelo movimento islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro, no qual morreram 1.200 pessoas e 240 foram feitas reféns.
A ofensiva israelita causou a morte de quase 16 mil palestinianos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, dirigido pelo Hamas.
O Irão assinou hoje uma declaração conjunta com a Rússia contra as sanções ocidentais, de acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, durante uma reunião realizada em Moscovo com o seu homólogo iraniano, Hossein Amir-Abdollahian.
A Rússia tornou-se o país mais sancionado do mundo após o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, quando o exército russo invadiu o território ucraniano, para, de acordo com o presidente russo, "desnazificar" e desmilitarizar o país por segurança.
O Irão também está sujeito a um grande número de sanções impostas por vários governos e organizações internacionais, que acusam Teerão de apoiar o terrorismo e de atacar navios norte-americanos no Golfo Pérsico, assim como condenam o programa iraniano de enriquecimento de urânio, que teria como objetivo a criação de armas nucleares.
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