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Polícia marítima somali intensifica patrulhamento no Golfo de Áden

A polícia marítima da Somália intensificou hoje as operações de patrulhamento no Golfo de Áden, na sequência de um sequestro fracassado de um navio por piratas no início da semana.

Polícia marítima somali intensifica patrulhamento no Golfo de Áden
Notícias ao Minuto

15:25 - 30/11/23 por Lusa

Mundo Somália

Bosaso, Somália, 30 nov 2023 (Lusa) -- A polícia marítima da Somália intensificou hoje as operações de patrulhamento no Golfo de Áden, na sequência de um sequestro fracassado de um navio por piratas no início da semana.

O comandante da polícia marítima na região semi-autónoma de Puntlândia, no nordeste da Somália, Abdullahi Mohamed Ahmed, afirmou, em declarações à agência Associated Press, que o número de patrulhas nas águas tinha duplicado, estando em rotação de 24 horas para deter os piratas.

"Aqui, agora temos muitos desafios. Houve uma altura em que conseguimos acabar com as atividades dos piratas, mas, recentemente, com a Al Shabab e o Estado Islâmico, tivemos de voltar a ter cuidado com eles", afirmou.

No domingo passado, as forças armadas norte-americanas afirmaram ter capturado cinco homens que tentaram sequestrar um navio-tanque pertencente a um armador israelita ao largo da costa do Iémen.

Os militares americanos e britânicos afirmaram que os atacantes armados tomaram o Central Park, de bandeira liberiana, gerido pela Zodiac Maritime, no Golfo de Aden. Os piratas tentaram fugir utilizando lanchas rápidas, mas renderam-se depois de terem sido perseguidos pelo contratorpedeiro norte-americano USS Mason, segundo um comunicado do comando militar central dos Estados Unidos.

Os rebeldes iemenitas Houthi realizaram recentemente ataques a embarcações comerciais no Golfo do Éden, no quadro de um aumento da violência na região relacionado com a guerra entre Israel e o Hamas. Mas o Pentágono afirmou que esta última tentativa foi efetuada por cidadãos somalis.

Este é o primeiro caso de pirataria somali em muitos anos, mas levou o Governo do país a apelar ao apoio internacional para impedir o ressurgimento da pirataria no Corno de África.

"O Estado da Puntlândia está sozinho neste esforço de segurança. Não há assistência da Missão da União Africana na Somália, da União Europeia ou de qualquer outra ajuda internacional. Mas estamos a fazer o nosso melhor", afirmou Mohamed.

Durante anos, a Somália foi assolada pela pirataria. No pico da atividade, em 2011, as Nações Unidas registaram mais de 160 ataques ao largo da costa do país. Os incidentes diminuíram drasticamente desde então, em grande parte devido à presença das armadas norte-americana e aliadas em águas internacionais.

Leia Também: UE reforça com 3,5 milhões ajuda humanitária à Somália, Etiópia e Quénia

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