Jerome Powell e o banco central têm sido alvo de muitas críticas nas últimas semanas por parte do Presidente norte-americano, Donald Trump, e de um possível sucessor, o ex-governador da Reserva Federal (Fed) Kevin Warsh.
Falando numa cerimónia de bacharelato antes da cerimónia de graduação de terça-feira, Powell, que salientou que se formou em Princeton há 50 anos, defendeu especificamente a decisão do banco central de cortar a sua taxa de juro diretora para quase zero em resposta à pandemia.
Lançou também um programa de compra de ativos que envolveu a compra de biliões de dólares em títulos do Tesouro e títulos garantidos por hipotecas, com o objetivo de manter baixas as taxas de juro a longo prazo.
"Com pouco aviso, as economias de todo o mundo pararam bruscamente", disse Powell, referindo-se à pandemia.
"A possibilidade de uma depressão global longa e grave estava diante de nós. Todos recorreram ao Governo, e à Reserva Federal em particular, como uma das principais a responder", salientou.
Powell também destacou funcionários públicos de longa data, elogiando-os.
"Os funcionários públicos de carreira da Fed, veteranos de crises anteriores, vieram a público e disseram: 'Conseguimos isto'", disse.
Trump tem submetido Powell a uma série de ataques há vários meses porque a Fed manteve a sua taxa diretora inalterada este ano, depois de a ter cortado três vezes no final de 2024. Trump disse que "não há inflação", pelo que a Fed deveria reduzir os custos dos empréstimos.
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