Raffaele Imperiale, um conhecido narcotraficante internacional alegadamente ligado à 'camorra' italiana, disse, num tribunal em Nápoles, na segunda-feira, que, para mostrar a sua vontade de colaborar com a Justiça, entregaria a sua ilha pessoal, localizada nos arquipélagos artificiais em frente à costa do Dubai. Custará entre 60 e 80 milhões de dólares (entre 54,6 milhões de euros e 73 milhões de euros).
Isto para ver a sua pena reduzida, diz a agência ANSA, revelando que o suspeito tem colaborado com a Justiça, após a sua detenção.
Imperiale, de 49 anos, fugiu à Justiça durante cinco anos, acabando detido no Dubai em agosto de 2021. No ano passado, foi extraditado para Itália.
A ilha, que representa Taiwan no arquipélago artificial 'O Mundo', terá sido adquirida por Imperiali durante o seu período de clandestinidade, tendo boa parte da conta sido, alegadamente, paga em dinheiro vivo.
Imperiale enfrenta uma possível pena de prisão de 14 anos e 10 meses. Maurizio De Marco, procurador encarregue pelo caso, afirma que "é claro que Imperiale quer reduzir a sua pena e estamos a avaliar a validade das suas declarações, embora não pareça haver qualquer dúvida sobre a sua autenticidade".
As autoridades italianas consideram que o grupo liderado por Imperiale estaria entre os 50 maiores cartéis de droga do mundo.
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