De acordo com este órgão, o deputado ofereceu cerca de 10.000 dólares (9,1 mil euros) em 'bitcoin' ao chefe da Agência Estatal de Reconstrução, Moustafa Nayyem, a fim de garantir fundos para reparar edifícios universitários, incluindo aquele onde é reitor.
"O tribunal atendeu ao pedido dos investigadores (...) e aplicou uma medida preventiva ao suspeito sob a forma de detenção", disse a acusação no Facebook.
A Procuradoria Anticorrupção não revelou a identidade deste deputado no seu comunicado de imprensa, mas, segundo os meios de comunicação social ucranianos, trata-se de Andrii Odarchenko, membro do partido do Presidente Volodymyr Zelensky.
Segundo os mesmos órgãos, Odarchenko nega qualquer culpa e afirma-se alvo de perseguição política.
A luta contra a corrupção, um mal endémico no país, é um dos critérios definidos pela União Europeia para examinar a candidatura da Ucrânia, que recebeu dezenas de milhares de milhões de euros em ajuda ocidental desde o início da invasão russa desde o final de fevereiro de 2022.
Vários casos de corrupção foram revelados nos últimos meses, inclusive dentro do Exército.
Na segunda-feira, as autoridades ucranianas anunciaram a demissão de um alto funcionário do Estado responsável pela cibersegurança e do seu vice, suspeitos de terem desviado mais de 1,5 milhões de euros durante compras de 'software' a preços sobrevalorizados.
No dia seguinte, o Ministério da Defesa indicou ter instaurado um processo judicial na sequência da descoberta de peculato numa unidade militar que fez com que o Estado perdesse quase um milhão de euros, nomeadamente através de contratos adjudicados a preços inflacionados.
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