Um membro do grupo islâmico Hamas que desfilou pela cidade de Gaza com o corpo da jovem israelo-alemã Shani Louk, que foi raptada no festival Supernova, a 7 de outubro, terá sido morto pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), segundo revelou a mãe da vítima de 22 anos.
Ricarda Louk, de 53 anos, não detalhou como é que obteve a informação de que um dos homens que sequestraram a sua filha perto do enclave tinha sido morto, mas considerou que há "menos uma" pessoa "má" no mundo.
"Não dei grande significado – há tantas pessoas más que fizeram coisas horríveis, e é só menos uma", disse, citada pelo The Telegraph.
E clarificou: "Não é uma história de assassinato típica, em que encontras o homicida e ele morreu – fizeram as coisas em grupo, por isso não me faz muita diferença."
Desde o dia 7 de outubro que a mãe da jovem assumiu que esta tinha perdido a vida, depois de ter circulado nas redes sociais um vídeo que mostrava Shani, inconsciente e quase totalmente despida, a ser exibida numa carrinha de caixa aberta. Na altura, Ricarda reconheceu a filha devido às tatuagens e ao cabelo.
Contudo, mais tarde, veio a saber-se que a jovem estaria gravemente ferida num hospital em Gaza. As más notícias chegaram no final de outubro, depois de as autoridades israelitas terem encontrado uma lasca de osso do crânio, sem o qual um humano não consegue sobreviver, cuja amostra de ADN comprovou pertencer a Shani.
"Era era uma pessoa muito feliz, muito animada. Gostava de música e de dançar e de viver, e estava a aproveitar até ao último momento", disse a mulher, numa entrevista transmitida em direto na rede social Facebook, ao rabino Shmuley Boteach.
Ricarda apelou ainda a que Israel negoceie a libertação dos cerca de 240 reféns com o Hamas, que pediu, em troca, a libertação dos 4.450 palestinianos detidos em prisões israelitas.
“Manter os reféns vivos é mais importante do que ter esses prisioneiros aqui, na minha perspetiva. Deem-lhes todos os prisioneiros, desde que eles poupem a vida de alguns de nós”, disse.
Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.
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