As Forças de Defesa de Israel (IDF) disseram, esta quinta-feira, ter encontrado um poço de acesso a um túnel e um carro-bomba dentro do hospital Al-Shifa, na Faixa de Gaza.
"Durante uma delicada operação no hospital Al-Shifa, as IDF [descobriram] na área hospitalar a infraestrutura para um túnel operacional da organização terrorista Hamas. Também foi encontrado um carro-bomba que havia sido preparado para o dia 7 de outubro e que continha muitas armas", escreveu o porta-voz da entidade, Avichay Adraee, na rede social X (Twitter).
Na publicação, que incluía um vídeo do alegado poço de acesso a um túnel, ao qual poderá aceder na galeria acima, o responsável partilhou também imagens das restantes descobertas, tendo dado conta de que foi encontrado um "túnel operacional" no hospital Al-Rantisi.
"As primeiras imagens do túnel mostram a sua estrutura, as portas blindadas à prova de explosivos utilizadas pela organização terrorista Hamas para impedir a entrada das nossas forças, e a infraestrutura subterrânea que utiliza", elencou.
Já no hospital Al-Quds, onde as buscas também continuam, terão sido encontradas várias armas.
#عاجل قوات جيش الدفاع تواصل العمل للكشف عن بينة تحتية ارهابية داخل المستشفيات التي تستخدمها منظمة حماس الارهابية
— افيخاي ادرعي (@AvichayAdraee) November 16, 2023
خلال عملية دقيقة في مستشفى الشفاء، تعمل في هذه الأثناء قوات من جيش الدفاع تم اليوم في منطقة المستشفى الكشف عن بنية تحتية خاصة بنفق عملياتي تابع لمنظمة حماس… pic.twitter.com/CBvKziNOW9
As IDF disseram ainda ter localizado o corpo de Yehudit Weiss, uma cidadã israelita que estava refém do Hamas desde o dia 7 de outubro, num edifício perto do hospital Al-Shifa.
Sublinhe-se que o exército israelita alegou, na quarta-feira, ter encontrado a "sede operacional [do Hamas], armas e equipamentos tecnológicos no edifício de ressonância magnética do hospital Al-Shifa", onde terá também eliminado membros do grupo islâmico.
Vale a pena recordar que estas informações não foram confirmadas de forma independente, e que o Hamas rejeitou repetidamente usar a instituição de saúde para as suas operações militares, tendo considerado que as acusações de Israel são uma "mentira descarada". O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Palestina negou, também, as declarações de Israel, tendo apontado que "o exército está no hospital e ninguém sabe o que está a fazer ou que armas trouxe para alegar que as encontrou no complexo", num comunicado citado pela Al-Jazeera.
Entretanto, a organização Human Rights Watch (HRW) considerou, esta quinta-feira, que as "provas" apresentadas pelas IDF para justificar o cerco ao hospital Al-Shifa são insuficientes para revogar a proteção daquela instituição de saúde à luz do direito internacional.
Depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), tendo acordado com a oposição a criação de um governo de emergência nacional e de um gabinete de guerra.
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