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EUA. Polícia procura mulher por ataque islamofóbico em parque infantil

Durante uma série de insultos racialmente motivados, a suspeita terá dito que esperava que o bebé "ardesse num forno". O homem que fez a queixa é de origem indiana.

EUA. Polícia procura mulher por ataque islamofóbico em parque infantil
Notícias ao Minuto

13:26 - 15/11/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Estados Unidos

A polícia norte-americana está a tentar identificar uma mulher na cidade de Nova Iorque, depois desta ter confrontado um homem e uma criança num parque em Brooklyn na semana passada, dirigindo-lhes insultos islamofóbicos antes de lhes atirar com café quente e um telemóvel.

O incidente foi filmado pelo homem, de 40 anos, que disse à polícia que a suspeita - apesar de não se conhecerem - o acusou de apoiar o grupo fundamentalista Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

Numa versão alargada do vídeo, divulgada pelas redes sociais, é possível ver a mulher a aproximar-se do homem e a dizer-lhe para se afastar, atirando-lhe primeiro com o telemóvel, depois com o café. "Ela está a atacar-me porque estou a usar um cachecol", disse o homem, que estaria a usar uma keffiyeh (o lenço tradicional palestiniano).

O homem, de origem indiana, bem como o seu filho de 18 meses, não ficaram feridos com gravidade.

A mulher também terá dito que esperava que "o bebé arda num forno".

A mulher tentou então baixar o telemóvel, exigindo que a vítima parasse de a filmar. A suspeita acabou por se ir embora em silêncio e, dirigindo-se a transeuntes que assistiram à cena, o homem questionou se "alguém vai dizer alguma coisa".

"Estou a usar um lenço e estou a ser atacado porque, aparentemente, sou um terrorista", disse.

O vídeo foi partilhado em câmara lenta pelo Departamento Policial de Nova Iorque, que garantiu que estava a investigar uma "agressão de crime de ódio" e pediu a ajuda da comunidade para identificar a agressora.

O número de incidentes islamofóbicos e antissemitas tem crescido a pique na sequência do ataque do Hamas contra Israel, no dia 7 de outubro, e a consequente intensificação dos bombardeamentos sobre a Faixa de Gaza ocupada. Um estudo recente do Conselho de Relações Americo-Islâmicas revelou que o ódio contra pessoas muçulmanas ou islamofóbicas (a distinção faz-se pois, em muitos casos, as pessoas são atacadas por aparentarem ser oriundas de países do Médio Oriente, confundindo-se muitas vezes origem geográfica e étnica com crença religiosa), entre os dias 7 de outubro e 4 de novembro, atingiu níveis "sem precedentes", com mais de 1.200 incidentes de ódio registados nos Estados Unidos.

Leia Também: Escalada entre Israel e Hamas marcada por antissemitismo e islamofobia

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