Uma enfermeira foi formalmente acusada de matar pelo menos quatro pessoas no estado norte-americano do Pensilvânia, depois de uma investigação divulgada na quinta-feira ter concluído que a profissional administrava doses letais ou potencialmente letais de insulina a vários pacientes, ao longo dos últimos três anos
A polícia do condado de Butler explicou que a enfermeira, Heather Pressdee, de 41 anos, foi acusada de vários crimes na quinta-feira, incluindo mais dois crimes crimes de homicídio. Em maio, Pressdee já tinha sido acusada de matar dois pacientes e de lesar um terceiro num lar de idosos.
Inicialmente, a enfermeira foi detida por alegado tratamento ilegal sobre 19 doentes, por cinco instituições de cuidado desde 2020 - além dos dois primeiros crimes de homicídio, foi também constituída arguida por 17 crimes de tentativa de homicídio e 19 crimes de negligência sobre uma pessoa dependente.
Segundo explicou a acusação, no processo consultado pela agência de notícias, Heather Pressdee, natural de Natrona Heights, terá dado quantidades excessivas de insulina a doentes, alguns deles diabéticos, mas outros não. Pressdee terá administrado várias destas doses durante a noite, quando o staff para situações de emergência era mais curto.
No total, morreram 17 doentes que estavam aos cuidados da enfermeira. Destes, a pessoa mais nova tinha 43 anos e a mais velha 104.
O advogado da defesa, James DePasquale, disse à Associated Press que as novas acusações são inesperadas, mas garante que a antiga enfermeira continua empenhada em colaborar com a justiça, de modo a evitar uma possível pena de morte, que é permitida no estado do Pensilvânia.
A sua licença para exercer enfermagem nos Estados Unidos foi suspensa em meados deste ano.
Entre abril de 2022 e maio deste ano, Pressdee enviou várias mensagens à sua mãe, nas quais se queixava da atitude de vários pacientes e de colegas, comentando a hipótese de os magoar intencionalmente.
Os documentos do tribunal apontam também que a profissional de saúde tinha um histórico de "disciplina por comportamento abusivo contra pacientes e/ou o staff em cada instituição onde trabalho, resultando na sua demissão ou despedimento". Heather Pressdee terá trabalhado em vários locais, por curtos períodos de tempo, a partir de 2018.
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