Oleg Sinegubov informou através da sua conta no Telegram que o Conselho de Defesa de Kharkiv considera necessária a retirada de famílias com crianças de dez localidades, incluindo Kupiansk.
A razão é "um aumento no fogo de artilharia inimiga", justificou Sinegubov, observando que as pessoas retiradas receberão alojamento temporário e apoio de organizações humanitárias.
"Nos últimos dias, 89 crianças partiram. Somos gratos a todos que assumiram a responsabilidade pela vida das crianças e evacuaram [as suas casas] voluntariamente", escreveu o governador.
"Pedimos a todas as famílias com crianças que permanecem em locais perigosos que saiam o mais rápido possível", acrescentou.
Desde o final do verão e face à estagnação da contraofensiva ucraniana contra as forças invasoras russas, a Rússia intensificou os seus ataques e tenta ganhar terreno nas frentes de Kupiansk, Avdivka e Marinka, no leste do país.
No mês passado, as autoridades ucranianas já tomaram uma iniciativa semelhante com a retirada obrigatória de várias centenas de menores de algumas áreas da frente de Kherson, no sul, que corre ao longo do rio Dnieper.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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