Exército pede à ONU cautela face a número de vítimas publicado pelo Hamas

As Nações Unidas (ONU) e as organizações humanitárias devem encarar com "extrema cautela" os números de vítimas mortais do conflito em Gaza que o governo do Hamas naquele território fornece diariamente, disse hoje um porta-voz do exército israelita.

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© Ahmed Zakot/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
30/10/2023 19:20 ‧ 30/10/2023 por Lusa

Mundo

Israel

"A ONU acredita que estes números são credíveis, mas eu encararia com grande cautela a veracidade de tudo o que sai de Gaza", disse o porta-voz militar Jonathan Conricus, numa conferência de imprensa em Genebra, na qual participou de forma virtual a partir de Israel, garantindo que as forças israelitas "fazem todos os possíveis para minimizar os danos aos civis".

As Nações Unidas utilizam na sua informação diária as estatísticas do Ministério da Saúde de Gaza, governado pelo Hamas, que estima o número de mortos nos ataques israelitas em mais de 8.000, incluindo mais de 3.000 crianças e mais de 2.000 mulheres.

"Eles inflacionam constantemente esses números, nunca dizem quantas destas vítimas são combatentes e, por alguma razão, os mortos na faixa etária entre os 17 e os 35 anos estão sub-representados", argumentou Conricus.

"Infelizmente, vemos que estes números são utilizados por muitos nos meios de comunicação internacionais", acrescentou o porta-voz, que também apontou os diferentes números utilizados sobre o ataque ao Hospital Al Ahly em Gaza (pelo qual israelitas e palestinianos se culparam mutuamente) como exemplo da "propaganda" do Hamas.

Segundo recordou, o Ministério da Saúde de Gaza disse inicialmente que tinham morrido 500 crianças, mas investigações da União Europeia indicaram que o número de vítimas pode variar entre 10 e 50, número que os Estados Unidos ampliaram para "entre 100 e 300".

O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

Leia Também: Netanyahu rejeita cessar-fogo com Hamas. "Isto não vai acontecer"

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