O partido espanhol preconizou também a revogação da concordata com a Santa Sé.
O Podemos, liderado por Ione Belarra, tomou hoje esta posição depois de ter tomado conhecimento dos resultados de um inquérito encomendado pelo Provedor de Justiça que indica que 11,7% dos espanhóis com mais de 18 anos afirmam ter sido vítimas de abusos quando eram menores.
Segundo o mesmo documento, 0,6% dos espanhóis, o equivalente a 450 mil pessoas, admitem ter sido vítimas de abusos sexuais por parte de um padre ou religioso católico.
Fontes do Podemos defenderam que a atual concordata com a Santa Sé deve ser "revogada" para "pôr fim ao atual regime de privilégios" e denunciam que é "inaceitável que uma instituição que protegeu atos desta gravidade, escondendo-os e dificultando a sua investigação, receba financiamento público e administre escolas".
"A violência sexual contra crianças tem sido uma constante na Igreja Católica, que tem silenciado as vítimas e protegido os agressores", afirmou o partido de Belarra, que insiste que "só com medidas fortes será possível acabar com a maior rede de pedofilia conhecida até hoje, que poderá afetar uma em cada 100 pessoas no nosso país, de acordo com os dados conhecidos pela Comissão Europeia".
Relativamente às escolas religiosas, o Podemos propõe a sua integração na rede pública e insiste que "uma instituição que repetidamente ocultou e silenciou abusos sexuais de menores não esteja habilitada para gerir escolas".
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