"Não é razoável esperar" por solução na questão entre Palestina e Israel

O major-general Filipe Arnaut Moreira admite que o conflito entre Israel e a Palestina pode ser irresolúvel e que só será possível abrandá-lo para que a violência seja localizada e contida.

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© Sameh Rahmi/NurPhoto via Getty Images

Lusa
22/10/2023 09:14 ‧ 22/10/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"Não tenho nenhuma esperança que seja possível encontrar uma solução para este conflito. Aquilo que tenho esperança é que seja possível reduzir as labaredas e manter este conflito num nível de violência relativamente localizado e contido", disse o militar e analista em entrevista à agência Lusa a propósito do lançamento do livro "O Domínio do Poder".

Arnaut Moreira considera que "não é razoável esperar" que se consiga encontrar uma solução para o conflito no Médio Oriente, que "tem mais de dois mil anos".

Salienta que, tal como noutros conflitos, o que irá acontecer é que "a certa altura a ameaça de escalada é tão grande que as partes encontram forma de 'desescalar'" e controlar o nível de violência exercido.

"É basicamente isso que temos feito em todo o mundo, nós [Ocidente] não conseguimos resolver estes conflitos, a única coisa que nós conseguimos é congelá-los, apelar à seriedade das partes, apelar também à verificação de que será impossível algum deles conseguir resolver esse conflito só por si", afirmou Arnaut Moreira.

Indica que as missões e forças das Nações Unidas estão "há dezenas de anos" em muitos lugares do mundo e que em alguns deles, como o Líbano ou Chipre, nunca foi capaz de os resolver definitivamente.

Mesmo com uma redução de tensão em determinado conflito, "alguém há-de aparecer para colher frutos políticos sobre o despoletar de um conflito que nunca foi resolvido", que "fica apenas à espera de uma oportunidade para ser utilizado do ponto de vista político como uma arma para ser arremessada para satisfazer naturalmente causas ou interesses".

O grupo islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, lançou no dia 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa".

Após o ataque terrorista, Israel tem bombardeado a Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro", causando vários milhares de mortos e um milhão deslocados dentro do enclave que os países muçulmanos vizinhos se recusam a receber no seu território.

Leia Também: Manifestações saem às ruas em várias cidades em apoio à Palestina

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