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OIM pede 65 milhões para responder a crise nos territórios palestinianos

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) emitiu hoje um apelo urgente para angariar 65 milhões de euros para ajuda humanitária a centenas de milhares de civis nos territórios palestinianos e países vizinhos afetados pelas hostilidades em curso.

OIM pede 65 milhões para responder a crise nos territórios palestinianos
Notícias ao Minuto

19:33 - 20/10/23 por Lusa

Mundo Israel

Num comunicado, a OIM sublinhou a urgência de dar resposta às "crescentes necessidades humanitárias essenciais" de "mais de um milhão de pessoas [que] fugiram das suas casas na Faixa de Gaza, desde que a violência começou, a 07 de outubro, e de centenas de milhares de civis com pouco ou nenhum acesso a bens de primeira necessidade, incluindo alimentos, água, eletricidade e combustível".

Além disso, salientou a principal organização intergovernamental cuja ação consiste em enfrentar os desafios relacionados com migrações humanas, também "a deterioração da situação de segurança na Cisjordânia e nas zonas fronteiriças entre Israel e o Líbano levou à deslocação interna de cerca de 12.854 pessoas, principalmente do Sul do Líbano".

Esta crise humanitária, desencadeada a 07 de outubro por um ataque sem precedentes a Israel pelo movimento islamita palestiniano Hamas -- no poder na Faixa de Gaza desde 2007 e classificado como organização terrorista por Estados Unidos, União Europeia e Israel -- e com uma retaliação israelita desde então em curso - levou a OIM a reiterar os apelos das Nações Unidas para "um fim imediato da escalada da violência e um cessar-fogo para impedir uma catástrofe ainda maior".

O acesso humanitário "é fundamental para permitir o fornecimento de ajuda às populações mais vulneráveis e gravemente afetadas, bem como para a passagem segura de cidadãos de países terceiros retidos em Gaza", insistiu também a organização, acrescentando que recebeu pedidos de Governos para ajudar 1.114 pessoas, entre as quais mulheres e crianças, a regressar aos seus países de origem.

"À medida que nos aproximamos da terceira semana de conflito, a situação humanitária está a piorar a um ritmo assustador", afirmou a diretora-geral da OIM, Amy Pope.

"Centenas de milhares de civis foram deslocados e muitos mais não têm acesso a bens de primeira necessidade como comida, água e fontes de energia. Todas as partes envolvidas e a comunidade internacional têm a responsabilidade de garantir com urgência o acesso aos trabalhadores humanitários", vincou a responsável.

No comunicado, a OIM indicou ainda ter mobilizado equipas no Egito, no Líbano e na Jordânia e estar "pronta a apoiar os esforços humanitários nos territórios palestinianos ocupados e nos países vizinhos, trabalhando em estreita colaboração com os governos nos pedidos de retirada de cidadãos de países terceiros e no fornecimento de bens de ajuda essenciais".

Segundo a agência especializada da ONU, o seu plano de resposta destina-se a cerca de 734.000 pessoas, através de um vasto leque de ações, incluindo "o fornecimento de abrigos e artigos de primeira necessidade, ajuda em dinheiro, assistência médica e material médico, água, saneamento e higiene, saúde mental e apoio psicológico, proteção e assistência à deslocação".

O ataque do Hamas fez mais de 1.400 mortos em Israel, na maioria civis, e a retaliação israelita fez cerca de 4.000 mortos em Gaza, também sobretudo civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais.

No 14.º dia de guerra entre Israel e o Hamas, que prossegue apesar de uma intensa atividade diplomática, o Exército israelita continuou hoje a bombardear a Faixa de Gaza.

Segundo o Exército israelita, cerca de 1.500 combatentes do Hamas foram mortos na contraofensiva que permitiu a Israel recuperar o controlo das zonas atacadas a 07 de outubro pelo movimento islamita.

O número de reféns do Hamas mantidos em cativeiro em Gaza foi na quinta-feira revisto em alta, para 203 pessoas, e o Exército israelita indicou hoje que "a maioria está viva".

Leia Também: AO MINUTO: Hamas liberta reféns; AI admite crimes de guerra em Gaza

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