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Chefes da diplomacia da Rússia e China discutiram guerras

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Rússia e da China discutiram hoje em Pequim o conflito entre Israel e o grupo islâmico Hamas e a guerra na Ucrânia.

Chefes da diplomacia da Rússia e China discutiram guerras
Notícias ao Minuto

12:03 - 16/10/23 por Lusa

Mundo Guerra

De acordo com um comunicado difundido pela diplomacia russa, os dois ministros mantiveram "uma troca de pontos de vista aprofundada" sobre uma "vasta gama de problemas internacionais e regionais, incluindo a deterioração acentuada da situação no Médio Oriente".

Moscovo e Pequim reiteraram nos últimos dias que a resolução do conflito israelo-palestiniano exige uma solução de dois Estados que vivam lado a lado em paz e segurança e apelaram à proteção dos civis.

Lavrov e Wang debateram também em pormenor as questões de segurança na região Ásia - Pacífico, especialmente a manutenção da estabilidade na Península da Coreia e a necessidade de "impedir que a arquitetura de segurança da ASEAN [Associação das Nações do Sudeste Asiático] seja minada" pelo Ocidente.

Eles debateram igualmente questões relativas à "crise ucraniana", incluindo os esforços para a resolver através de esforços políticos e diplomáticos.

A China ofereceu-se para mediar a guerra na Ucrânia, que dura há 600 dias, com um plano de 12 pontos que é visto por Moscovo como uma "base" para eventuais negociações, mas rejeitado por Kiev, uma vez que não exige a retirada das tropas russas de todos os territórios ocupados.

Lavrov e Wang também sublinharam a importância de reforçar a estreita coordenação entre a Rússia e a China no cenário internacional, incluindo na ONU e no Conselho de Segurança, na Organização de Cooperação de Xangai (SCO), no G20, na APEC e noutros mecanismos e fóruns, de acordo com a versão russa.

Os dois ministros confirmaram igualmente o compromisso mútuo de reforçar os contactos no Fórum BRICS - bloco de economias emergentes que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, tendo em conta que, no próximo ano, a presidência rotativa deste grupo será exercida pela Rússia.

A China considera a parceria com a Rússia fundamental para contrapor a ordem democrática liberal, numa altura em que a sua relação com os Estados Unidos atravessa também um período de grande tensão, marcada por disputas em torno do comércio e tecnologia ou diferendos em questões de Direitos Humanos, o estatuto de Hong Kong ou Taiwan e a soberania dos mares do Sul e do Leste da China.

Pequim condenou as sanções internacionais impostas à Rússia, mas não abordou diretamente o mandado de captura emitido pelo Tribunal Penal Internacional contra Putin, acusado de envolvimento no rapto de milhares de crianças na Ucrânia.

Leia Também: Vladimir Putin visita China à procura de apoio económico e diplomático

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