Maya Villalobo, uma jovem hispano-israelita, com apenas 19 anos, morreu após o ataque do grupo islâmico Hamas a uma base militar junto à Faixa de Gaza, enquanto cumpria o serviço militar obrigatório. À imprensa espanhola, a família questionou a decisão do governo israelita em enviar "uma menina" para a linha da frente.
"Não sei o que estava lá a fazer uma menina", afirmou o tio de Maya, José María Villalobo, ao El Mundo, lembrando que a sobrinha era apenas "uma criança" e que era "inconcebível enviá-la para a linha da frente" enquanto jovem que estava "simplesmente a cumprir o serviço militar".
Segundo o familiar, a jovem, natural de Sevilha, deveria ter voltado a Espanha na quinta-feira para celebrar o aniversário do pai, Eduardo Villalobo, tendo inclusive pedido autorização ao exército para sair do país. No entanto, acabou por morrer dias antes.
Esta sexta-feira realizou-se uma homenagem a Maya junto à Câmara Municipal de Sevilha. A jovem, que residia em Israel com a mãe, será enterrada no país do Médio Oriente.
"Não conseguimos encontrar palavras para descrever tudo o que ela nos deu. Dedicaremos os próximos dias a juntarmo-nos a ela em gratidão, porque a Maya viverá sempre no coração dos seus pais, no coração de todos nós", afirmou a família numa carta lida na homenagem.
Sublinhe-se que o grupo islâmico Hamas lançou, no sábado, um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como "Espadas de Ferro".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas.
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