Os três países introduziram estas medidas em 04 de outubro, inicialmente por 10 dias.

A Eslováquia foi alvo recentemente de um aumento no número de migrantes, em grande parte provenientes da Sérvia, através da Hungria, e com destino a países mais ricos da Europa Ocidental.

Entre janeiro e agosto deste ano, o número de entradas ilegais no país atingiu as 24.500, o que representa mais do dobro das 10.900 pessoas registadas durante todo o ano passado.

"Os controlos temporários serão estendidos até 02 de novembro", anunciou o ministro do Interior polaco, Mariusz Kaminski, numa declaração feita na rádio pública.

Uma decisão tomada também pela República Checa, onde o ministro do Interior checo, Vit Rakusan, indicou que a polícia nacional tinha intercetado 43.749 pessoas e identificado, entre 04 e 09 de outubro, 283 migrantes irregulares provenientes da Eslováquia.

"Também detivemos e acusámos judicialmente 12 traficantes" de migrantes, acrescentou.

A Áustria também confirmou estar a prolongar os controlos fronteiriços, num comunicado de imprensa hoje divulgado, no qual argumenta que a medida visa "evitar que os traficantes, que mudam rapidamente de rota, passem pelo seu território".

Segundo o ministro do Interior austríaco, Gerhard Karner, foram registadas, desde o início do ano, mais de 500 detenções na sequência do reforço dos controlos fronteiriços.

Em reação às medidas dos seus vizinhos, Bratislava também decidiu adotar controlos na fronteira com a Hungria a partir de 05 de outubro, que decidiu prolongar até 03 de novembro.

A Alemanha, para onde se dirigem muitos migrantes, também reforçou, no final de setembro, os controlos na sua fronteira oriental, com a República Checa e a Polónia.

Todos estes países são membros da União Europeia e do espaço Schengen, onde estão oficialmente abolidos os passaportes e os controlos fronteiriços.

A reintrodução destes controlos no espaço Schengen só é permitida em circunstâncias excecionais -- como foi, por exemplo, durante a pandemia de Covid-19 - e deve ser notificada a Bruxelas antes de ser adotada.

Leia Também: Governo promete modernização tecnológica para Agência das Migrações