Israel. Ex-ministro da Defesa do Líbano critica política externa da UE

O ex-ministro da Defesa libanês Yacoub Sarraf criticou hoje a UE por alinhar politicamente com os Estados Unidos na mediação do conflito israelo-palestiano e previu que o Irão não se envolverá na guerra entre Israel e o Hamas.

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© Sameh Rahmi/NurPhoto via Getty Images

Lusa
12/10/2023 14:47 ‧ 12/10/2023 por Lusa

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Israel

O antigo ministro libanês acredita que o Irão, principal patrocinador do movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, não intervirá a não ser que seja atacado.

"O Irão pode ter fornecido o 'know-how', a formação, algum financiamento, algumas peças, mas não creio que tenha participado directamente nas operações ou no conflito [devido às grandes dificuldades de coordenação entre os combatentes de diferentes origens]", disse Sarraf, que serviu como ministro da Defesa do país vizinho de Israel entre 2016 e 2019.

Yacoub Sarraf expressou receio por uma possível instabilidade significativa que pode espalhar-se pela região, principalmente no Egito, caso a assistência humanitária seja impedida de chegar a Gaza, e na Jordânia, se os seus aeroportos forem utilizados para ataques contra a Palestina.

Questionado sobre a posição da UE na região, Sarraf criticou o bloco por alinhar totalmente na política externa de Washington e defendeu que a UE deveria tomar uma posição clara contra a "destruição sistemática de Gaza" e ser o "parceiro proativo" que promova a ajuda humanitária ao território controlado pelo Hamas.

Israel controla militarmente todo o tipo de serviços públicos e importações, por essa razão o político libanês considera que a situação é "a receita perfeita para a tragédia de hoje" e explicou que os palestinianos "contrabandeiam mercadorias, preparam armas, modificam equipamento civil e revoltam-se quando a situação se torna insuportável".

"A UE deve garantir que qualquer assistência [enviada] seja puramente humanitária e vá diretamente para Gaza, sem intermediários", disse o antigo funcionário libanês, referindo-se às ONG, às Forças de Defesa de Israel (FDI) e à Autoridade Palestiniana.

As declarações de Sarraf surgem após Israel ter declarado uma guerra total ao grupo Hamas, classificado como terrorista pela União Europeia, Estados Unidos e Israel, devido ao ataque terrorista contra Israel que ocorreu no dia 07 de Outubro.

Leia Também: Amnistia Internacional acusa Hamas e Israel de crimes de guerra

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