Iranianas, ativistas da Nicarágua e defensoras do aborto finalistas do Sakharov

Uma ativista morta no Irão e as mulheres deste país, uma ativista e um bispo nicaraguenses e três mulheres que lutam pelo direito ao aborto gratuito, legal e seguro são os finalistas do Prémio Sakharov 2023, foi hoje divulgado.

TEHRAN, IRAN - SEPTEMBER 18: A view of Iranian newspapers with headlines of the death of 22 years old Mahsa Amini who died after being arrested by morality police allegedly not complying with strict dress code in Tehran, Iran on September 18, 2022. (Photo

© Getty Images

Lusa
12/10/2023 13:16 ‧ 12/10/2023 por Lusa

Mundo

Sakharov

A jovem curda iraniana Mahsa Amini, que morreu aos 22 anos após ter sido detida em Teerão pela polícia iraniana da moralidade, em setembro de 2022, e o movimento Mulher, Vida e Liberdade, que contesta a lei do 'hijab' (um lenço que as mulheres na República Islâmica são obrigadas a usar para tapar o cabelo e que Mahsa Amini não envergava corretamente segundo as autoridades) e outras normas discriminatórias estão entre os três nomeados do galardão.

A lista de finalistas do Sakharov 2023 inclui ainda a ativista Vilma Núñez de Escorcia e o bispo de Matagalpa, Rolando José Álvarez Lagos, que lutam na Nicarágua pela defesa dos direitos humanos e contestam o regime de Daniel Ortega.

O bispo de Matagalpa está a cumprir uma pena de prisão de 26 anos e foi-lhe retirada a nacionalidade.

A seleção de finalistas da responsabilidade dos eurodeputados das comissões parlamentares dos Negócios Estrangeiros e do Desenvolvimento inclui ainda três mulheres que lutam pelo direito ao aborto gratuito, seguro e legal: a polaca Justyna Wydrzynska, a salvadorenha Morena Herrera e a norte-americana Colleen McNicholas.

O vencedor será conhecido na próxima quinta-feira e o prémio é entregue em 13 de dezembro, na sessão plenária do Parlamento Europeu em Estrasburgo, França.

O Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, no valor de 50 mil euros, é atribuído anualmente pelo Parlamento Europeu, desde 1988, a pessoas ou organizações que se destacam pela sua contribuição para a defesa dos direitos humanos e da democracia.

O galardão foi assim designado em honra do físico e dissidente da ex-URSS Andrei Sakharov.

Na edição de 2022, o galardão foi atribuído ao povo ucraniano, na sequência da ofensiva militar russa, iniciada em fevereiro do ano passado.

Leia Também: Prémio Sakharov. Jovem iraniana Mahsa Amini e Elon Musk entre nomeados

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