Parlamento Europeu pede celeridade nas negociações para adesão da Moldova
O Parlamento Europeu instou hoje os membros a União Europeia (UE) a dar início às negociações de adesão da Moldova até ao final deste ano, altura em que a questão será discutida, noticia a agência Efe.
© Reuters
Mundo União Europeia
Em junho do ano passado, a Moldova foi considerada, juntamente com a Ucrânia, candidata à adesão à UE, três meses depois da invasão russa.
Através de uma resolução, aprovada com 448 votos a favor, 45 contra e 43 abstenções, os eurodeputados reconheceram a "determinação e capacidade" da Moldova para cumprir os requisitos estabelecidos pela Comissão Europeia para o início das conversações de adesão.
O texto da resolução sublinha que a adesão da Moldova à UE representaria um "investimento geoestratégico" e tornaria a Europa "unida e mais forte".
Contudo, instam os responsáveis deste país, que faz fronteira com a Ucrânia e com a Roménia, a levar a cabo reformas que permitam melhorar o nível de vida do povo moldavo.
Em concreto, pedem ao país candidato que continue a trabalhar na luta contra os oligarcas e o crime organizado, reformando as finanças públicas e a administração pública.
O Parlamento Europeu pede também aos 27 países membros que continuem a apoiar financeiramente a Moldova, contribuindo para uma rápida integração deste país na UE.
A acomodação de mais países no bloco comunitário vai ser uma das questões dominantes dos próximos tempos, com países como a Ucrânia e Moldova, oficialmente candidatos à adesão desde o ano passado, a pressionarem os 27 para acelerarem o processo.
Só a Ucrânia teria direito a cerca de 186 mil milhões de euros ao longo de sete anos para auxiliar a reconstrução do país, cujo território continua a ser fustigado por uma guerra com a Rússia -- valor que acresceria aos cerca de 400 mil milhões de euros que o Banco Mundial estimou serem necessários para reconstruir o país.
A adesão de mais países à UE tem sido motivo de discórdia entre os chefes de Estado e de Governo dos 27.
Uns permanecem cautelosos, como é o caso do primeiro-ministro português, António Costa, ou do Presidente francês, Emmanuel Macron, e alertam para a necessidade de cumprir os prazos de adesão e, se necessário, alterar o modelo de financiamento da UE para poder alargá-la.
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