O ministro das Comunicações, Shlomo Karhi, tornou-se esta semana o segundo ministro israelita a deslocar-se à capital saudita, onde participou numa conferência da União postal internacional, uma agência especializada da ONU.
"Apreciamos fortemente os esforços inabaláveis dos dirigentes sauditas e do nosso primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, para cultivar as ligações florescentes entre as nossas nações", declarou num discurso pronunciado na conferência.
Em 26 de setembro, o ministro do Turismo israelita, Haim Katz, assistiu a uma outra conferência da ONU em Riade, tornando-se no primeiro membro de um Governo israelita a efetuar uma visita pública na Arábia Saudita.
O reino saudita, que acolhe os principais locais santos muçulmanos, nunca reconheceu Israel e durante muito tempo assinalou que apenas o faria após a resolução do conflito israelo-palestiniano.
A Arábia Saudita, que disputa com o Irão a influência regional, recusou aderir aos acordos de Abraão, negociados pelos Estados Unidos, e que implicaram o estabelecimento em 2020 de relações diplomáticas com Israel dos vizinhos Bahrein e Emirados Árabes Unidos (EAU), para além de Marrocos.
Em 21 de setembro, o príncipe herdeiro saudita e o líder efetivo do reino, Mohammed bin Salman, confirmou as negociações e anunciou que o seu país e Israel se "aproximam diariamente" de uma normalização das suas relações.
Como contrapartida ao seu reconhecimento de Israel, a Arábia Saudita poderá obter garantias de segurança norte-americanas, e quando a Casa Branca também tem confirmado progressos nas negociações.
No decurso da conferência, Karhi declarou que os acordos de Abraão abriram caminho a "mudanças monumentais".
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