Nova diretora para as Migrações visita África na sua 1.ª deslocação

A nova diretora da agência das Nações Unidas para as Migrações, Amy Pope, fará a sua primeira viagem oficial a África onde chamará a atenção para a dimensão da migração Sul-Sul, marcada pelas mortes de migrantes no Mediterrâneo.

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© FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images

Lusa
02/10/2023 13:15 ‧ 02/10/2023 por Lusa

Mundo

ONU

De África, Pope rumará a Bruxelas para se encontrar com a Comissão Europeia, numa altura em que a União dos 27 está a ser posta à prova pela crise dos migrantes que desde há várias semanas chegam aos milhares a Itália.

A norte-americana, que tomou posse em 01 de outubro, visitará a sede da União Africana, em Adis Abeba, no próximo domingo, assim como se reunirá com a administração etíope na capital do país, antes de partir para o Quénia, e daí para o Djibuti.

"Quando falamos de migração no continente africano, temos de perceber que mais de 80% da migração tem lugar em África", sublinhou a nova diretora-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM) numa primeira conferência de imprensa em Genebra, numa altura em que as atenções, sobretudo na Europa, se centram nos migrantes que tentam chegar ao Velho Continente.

Pope chamou ainda a atenção para o elevado número de migrantes africanos que viajam para o golfo pérsico e para os "relatos preocupantes" sobre o tratamento dos migrantes nessa região.

"É importante garantir uma melhor proteção e acesso a serviços para os migrantes", afirmou.

O tratamento dado aos migrantes que trabalharam na construção dos estádios e das infraestruturas para o Campeonato do Mundo de Futebol de 2022, no Qatar, mereceu a atenção e críticas em todo o mundo, o que não se repercutiu na alteração significativa do estado de coisas.

Recentemente, a Human Rights Watch (HRW) acusou os guardas fronteiriços sauditas de terem matado centenas de migrantes etíopes que tentavam entrar no país provenientes do Iémen. Riade denunciou esta acusação como "infundada".

Pope quer ainda discutir com a União Africana a melhor forma de garantir a circulação de pessoas, nomeadamente para apoiar os acordos de comércio livre promovidos pela organização.

Leia Também: OIM. António Vitorino despede-se de uma agência "mais autoconfiante"

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