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Inflação é "grande desafio" que vai demorar a resolver

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, admitiu hoje que a elevada inflação na União Europeia (UE) é um "grande desafio económico", que "levará algum tempo" a resolver, e anunciou um relatório sobre a competitividade europeia.

Inflação é "grande desafio" que vai demorar a resolver
Notícias ao Minuto

09:03 - 13/09/23 por Lusa

Economia Von der Leyen

"Outro grande desafio económico é a persistência de uma inflação elevada. Christine Lagarde [presidente] e o Banco Central Europeu [BCE] estão a trabalhar arduamente para manter a inflação sob controlo, [mas] sabemos que o regresso ao objetivo de médio prazo do BCE levará algum tempo", disse Ursula von der Leyen, no seu discurso sobre o Estado da União em 2023, na sessão plenária do Parlamento Europeu, na cidade francesa de Estrasburgo.

Discursando pela quarta vez desde que assumiu funções, a última neste mandato, a responsável elencou "três grandes desafios económicos para a indústria no próximo ano".

Em causa estão a "escassez de mão-de-obra e de competências, a inflação" e a necessidade de "facilitar a atividade das empresas", num contexto de contido crescimento económico, de consequências da guerra na Ucrânia e de uma apertada política monetária que dificulta o acesso ao financiamento.

Tais desafios surgem, de acordo com a líder do executivo comunitário, numa altura em que também se pede à indústria que lidere a transição limpa, pelo que urge "olhar para o futuro" e definir a forma de a UE se manter competitiva.

Por essa razão, Von der Leyen pediu a Mario Draghi, ex-presidente do BCE, "uma das maiores mentes económicas da Europa, que preparasse um relatório sobre o futuro da competitividade europeia".

A taxa de inflação tem vindo a baixar nos últimos meses após registar valores históricos devido à reabertura da economia pós-pandemia de covid-19, à crise energética e às consequências económicas da guerra na Ucrânia, mas ainda assim acima do objetivo de 2% fixado BCE para a estabilidade dos preços.

Para o atingir, o BCE tem apertado a política monetária com sucessivos aumentos das taxas de juro, agora a um ritmo mais lento.

No meio deste cenário, "a boa notícia", segundo Ursula von der Leyen, "é que a Europa começou a baixar os preços da energia", componente que tem vindo a 'puxar' a inflação para níveis históricos.

"Não nos esquecemos da utilização deliberada do gás como arma por Putin e de como isso desencadeou receios de apagões e de uma crise energética como nos anos 70. Muitos pensaram que não teríamos energia suficiente para atravessar o inverno, mas conseguimos porque nos mantivemos unidos, juntando a nossa procura e comprando energia em conjunto", observou a responsável.

Há um ano, o preço do gás na Europa era superior a 300 euros por megawatt-hora e, atualmente, é de cerca de 35 euros.

Este discurso sobre o Estado da União, um exercício anual a marcar o início do ano legislativo, ocorre quatro anos após a eleição de Von der Leyen - que iniciou o seu primeiro mandato à frente do executivo comunitário em dezembro de 2019 - e a menos de um ano das eleições europeias de 2024, marcadas para junho.

Atentando nos desafios colocados ao setor empresarial, nomeadamente de menor dimensão, Ursula von der Leyen divulgou que, até ao final do ano, será nomeado um representante na UE para as pequenas e médias empresas (PME).

"Queremos ouvir diretamente as PME sobre os seus desafios diários. [...] E no próximo mês apresentaremos as primeiras propostas legislativas para reduzir em 25% as obrigações de apresentação de relatórios a nível europeu" para estas companhias, adiantou.

Na terça-feira, o executivo comunitário anunciou um pacote de ajuda às PME no qual admitiu a revisão da definição destas companhias por considerar que os atuais limiares não refletem contextos como elevada inflação, admitindo medidas adicionais de apoio.

[Notícia atualizada às 11h22]

Leia Também: "UE que conhecemos reflete a visão dos que sonharam com um futuro melhor"

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