A informação foi avançada no serviço de mensagens instantâneas Telegram do ex-militar russo, que, após a sua prisão em julho passado, é administrado por um grupo próximo de Gurkin, também conhecido como "Strelkov".
Guirkin pediu para que a sua pena passe a ser cumprida em prisão domiciliária, garantindo que não iria fugir da Rússia depois de ter sido condenado a prisão perpétua pela Justiça holandesa por ter sido responsável pela queda do avião MH17 da Malaysia Airlines, em 2014, na região ucraniana de Donetsk.
"Strelkov", um dos maiores críticos do Kremlin (presidência russa) e do Presidente Vladimir Putin pelas suas decisões relativas à guerra na Ucrânia, tem defendido que não cometeu nenhum dos crimes pelos quais é perseguido.
É também procurado na Ucrânia por terrorismo e crimes de guerra, pelo que Kiev ofereceu uma recompensa de 100.000 dólares (cerca de 95.500 euros) a quem o capturar.
No mês passado, Guirkin, acusado de fazer apelos ao extremismo em duas mensagens publicadas no Telegram em maio de 2022, pelas quais pode ser condenado a até cinco anos de prisão, anunciou a sua intenção de concorrer às eleições presidenciais da Rússia em 2024.
"Considero-me muito mais competente em assuntos militares do que o atual Presidente e certamente mais do que o atual ministro da Defesa, por isso poderei cumprir as minhas obrigações como comandante-chefe, conforme estabelecido pela Constituição russa", argumentou o ex-militar, de 52 anos.
Putin, que acumula quatro mandatos presidenciais desde 2000, pode aspirar a mais dois mandatos de seis anos, graças a alterações constitucionais aprovadas em 2020, pelo que poderá permanecer no poder até 2036.
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