Líder do Irão exorta Estados Unidos a abandonarem o Médio Oriente

O líder supremo do Irão, o ayatollah Ali Khamenei, exortou hoje os Estados Unidos a abandonarem o Médio Oriente, em conversações indiretas entre os dois países sobre o programa nuclear iraniano.

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Lusa
17/05/2025 13:13 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

"Com a determinação das nações da região (do Médio Oriente), a América deve e vai deixar a região", disse Ali Khamenei durante um discurso em Teerão, perante professores iranianos.

 

A intervenção surge numa altura em que decorrem negociações, sob a mediação de Omã, entre o Irão e os EUA, desde 12 de abril, com o objetivo de concluírem um novo acordo sobre o programa nuclear de Teerão.

Estas negociações representam o mais alto nível de envolvimento entre as duas nações, desde a retirada de Washington do acordo nuclear iraniano, em 2018,

Ali Khamenei criticou ainda os EUA por apoiarem Israel na guerra em Gaza contra o movimento islamita palestiniano Hamas.

"Trump afirmou que queria usar a força para alcançar a paz, mas mentiu. As autoridades e os governos norte-americanos usaram o seu poder para apoiar o massacre em Gaza", acusou Khamenei, referindo-se à linha política do presidente norte-americano, Donald Trump.

Durante a visita, na terça-feira, de Donald Trump à Arábia Saudita, o presidente norte-americano criticou os líderes iranianos e o papel regional do Irão.

"Os dirigentes iranianos têm-se focado em roubar a riqueza do seu povo para financiar o terrorismo e o derramamento de sangue no estrangeiro", disse Donald Trump num fórum de investimento na Arábia Saudita.

Hoje, Ali Khamenei disse que "algumas das observações" feitas pelo presidente dos EUA, durante a visita ao Médio Oriente, "nem merecem resposta".

"O nível de comentários é tão baixo que são uma fonte de vergonha para ele e uma fonte de embaraço para o povo americano", afirmou o líder iraniano.

Na quinta-feira, Donald Trump afirmou que Washington e Teerão estão a aproximar-se de um acordo sobre o programa nuclear iraniano.

No dia seguinte, pediu ao Irão que "agisse" sobre essa questão "ou qualquer coisa de mal aconteceria".

O governo dos EUA anunciou esta semana sanções contra as pessoas e sociedades sediadas no Irão, que são acusadas de "ajudar o regime iraniano a fabricar localmente" produtos necessários para mísseis balísticos internacionais.

Leia Também: Irão vai continuar negociações nucleares, ignorando as ameaças de Trump

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