O ex-governador do Novo México, Bill Richardson, figura da política democrata, com passagens como secretário de Energia e embaixador das Nações Unidas sob o governo de Clinton, morreu esta sexta-feira aos 75 anos.
O Richardson Center for Global Engagement, que ele fundou e dirigia, indicou hoje num comunicado que Bill Richardson morreu durante o sono, na sua casa, em Chatham, Massachusetts.
“Ele viveu toda a sua vida ao serviço dos outros – incluindo tanto o seu tempo no governo como a sua carreira subsequente ajudando a libertar pessoas mantidas reféns ou detidas injustamente no estrangeiro. Não havia ninguém com quem o governador Richardson não falasse se tivesse a promessa de devolver uma pessoa à liberdade”, disse Mickey Bergman, vice-presidente do Richardson Center, num comunicado citado pela CNN.
Antes de ser eleito governador em 2002, Richardson foi emissário dos Estados Unidos nas Nações Unidas e secretário da Energia, durante a Presidência de Bill Clinton, e foi congressista durante 14 anos em representação do norte do Novo México.
Também viajou pelo mundo como um diplomata oficioso solucionador de problemas, negociando a libertação de reféns e militares norte-americanos da Coreia do Norte, Iraque, Cuba e Sudão.
Negociou com quase todos os inimigos dos Estados Unidos, incluindo o ditador iraquiano Saddam Hussein. Era um papel que Richardson apreciava, tendo-se uma vez descrito como "o subsecretário informal para os bandidos".
"Declaro-me culpado de fotos de ocasião e de salvar seres humanos e melhorar as vidas dos seres humanos", disse uma vez.
Ajudou a obter, em 2021, a libertação do jornalista norte-americano Danny Fenster de uma prisão em Myanmar (antiga Birmânia) e, já este ano, negociou a liberdade de Taylor Dudley, que atravessou a fronteira da Polónia para a Rússia.
Foi a Moscovo para uma reunião com responsáveis governamentais russos nos meses anteriores à libertação, no ano passado, do fuzileiro veterano Trevor Reed, numa troca de prisioneiros, e também trabalhou nos casos de Britney Griner -- a estrela da WNBA libertada por Moscovo em 2022 -- e Michael White, um veterano da Marinha libertado pelo Irão em 2020.
[Notícia atualizada às 19h48]
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