Quatro líderes do grupo de extrema-direita Reino da Alemanha (Königreich Deutschland) foram detidos, esta semana, e o grupo foi proibido por atacar a ordem democrática na Alemanha.
Entre os detidos está o líder do grupo, Peter Fitzek, homem que se intitula como o rei da Alemanha e que quer que o país volte a ser um reino.
Peter Fitzek, um antigo cozinheiro e instrutor de karaté de 59 anos, passou mais de uma década a negar a legitimidade da República Federal da Alemanha e a defender o regresso às fronteiras estabelecidas durante o Segundo Reich de 1871-1918, conta o The Telegraph.
Peter é considerado um "extremista perigoso"© Getty Images/JENS SCHLUETER / AFP
A mesma publicação refere-se ao homem como "um inimigo do Estado".
Filho de um condutor de escavadoras, Fitzek foi criado na Alemanha de Leste. Não tendo conseguido obter um cargo eletivo, nem como presidente da câmara nem como membro do parlamento alemão, sentiu que não tinha outra alternativa senão proclamar um reino independente.
Kendisini Almanya Kralı ilan eden Peter Fitzek, darbe yapmaya çalıştığı gerekçesiyle tutuklandı. pic.twitter.com/iKEr8MEYd8
— Vaziyet (@vaziyetcomtr) May 14, 2025
Fitzek filmou a sua própria coroação em 2012, adornado com vestes de arminho e segurando uma espada medieval.
Este movimento montou há cerca de 10 anos "estruturas e instituições pseudo-estatais", criando, entre outras coisas, um sistema bancário e de seguros, um cartório notarial com documentos de identidade fictícios e uma moeda própria.
O homem foi agora detido por ser considerado um "extremista perigoso", refere o Ministério do Interior alemão.
As plataformas 'online' do grupo serão bloqueadas e os seus bens serão confiscados para garantir que nenhum outro recurso financeiro possa ser utilizado para fins extremistas.
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