Gangues. ONU pede fim da "carnificina" no Haiti após 2.500 mortos

O subsecretário-geral das Nações Unidas para Assuntos Humanitários, Martin Griffiths, apelou hoje ao fim da "carnificina" no Haiti, após a morte de mais de 2.500 pessoas este ano devido aos ataques de gangues criminosos.

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Lusa
02/09/2023 17:27 ‧ 02/09/2023 por Lusa

Mundo

Haiti

"Há relatos alarmantes do Haiti, onde o aumento da violência deixou mais de 70 mortos e feridos em Port-au-Prince (capital haitiana) nas últimas duas semanas", disse Griffiths numa mensagem na sua conta na rede social X (antigo Twitter).

"Até agora, este ano, mais de 2.500 pessoas morreram e quase mil ficaram feridas. Esta carnificina tem de parar", sublinhou, depois de o coordenador humanitário da ONU no Haiti, Philippe Branchat, ter alertado recentemente para "uma nova escalada de violência extremamente grave".

Branchat destacou que "famílias inteiras, incluindo crianças, foram executadas, enquanto outras foram queimadas vivas".

"Este aumento da violência causou um sofrimento indescritível e contínuo aos haitianos", lamentou, face a uma onda de casos que inclui sequestros, linchamentos e violência sexual e de género contra mulheres e crianças.

Da mesma forma, esta violência provocou o deslocamento de mais de 10.000 pessoas que procuraram refúgio em mais de 20 instalações improvisadas e as organizações humanitárias debatem-se com dificuldades para fornecer alimentos, água, produtos de higiene e cuidados de saúde e psicossociais às vítimas, especialmente de natureza sexual.

A ONU especificou que a situação humanitária se deteriorou significativamente em 2023, com quase metade da população a necessitar de ajuda alimentar e o número de pessoas deslocadas a aumentar para 200.000, dez vezes mais do que em 2021.

Os gangues criminosos implantaram-se na região metropolitana de Port-au-Prince, onde milhares de pessoas foram forçadas a deixar suas casas.

O país também sofre com um vazio institucional que se agravou há mais de dois anos com o assassínio do então Presidente, Jovenel Moise.

Leia Também: Haiti com 3.500 vítimas de assassínios, ferimentos e sequestros até junho

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