"A UE está seriamente preocupada com a persistente onda de violência em Israel e na Cisjordânia ocupada, que está a causar a perda de vidas tanto de israelitas como de palestinianos", indicou o porta-voz comunitário para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Peter Stano, num comunicado.
Em nome do chefe da diplomacia europeia (Josep Borrel), o porta-voz recordou que "a UE tem manifestado repetidamente a sua preocupação com o número cada vez mais elevado de vítimas da violência registada este ano".
"Apelamos a todas as partes para que desanuviem a situação e se abstenham de ações que possam aumentar o ciclo de violência", adiantou.
A posição europeia surge depois de dois novos atentados terroristas no domingo e na segunda-feira na Cisjordânia ocupada, que causaram a morte de três civis israelitas, situação que a UE "condena firmemente", segundo afirmou Peter Stano.
As mortes na comunidade árabe israelita têm vindo a aumentar devido à onda de violência e homicídios, registando-se já mais de 150 pessoas mortas em circunstâncias semelhantes, em 2023, um valor sem precedentes.
Há vários anos que líderes e grupos da sociedade civil árabe acusam o Estado israelita de discriminação e falta de atenção para o problema.
Referem também tratar-se de uma evidência de que a população palestiniana em Israel tem sido tratada de forma secundária desde a criação do Estado, em 1948.
Segundo a organização Abraham Initiatives, dos 156 mortos registados neste ano, cerca de 75% estão relacionados com crime organizado, enquanto os restantes são atribuídos a inimizades de sangue, feminicídios entre familiares e outras atividades criminosas.
Leia Também: RCA. UE está preocupada com "polarização política" e acompanha resultados