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BRICS "não são contraponto ao G7, nem ao G20, nem contra ninguém"

O Presidente do Brasil, Lula da Silva, garantiu hoje que o bloco BRICS não é contraponto ao grupo dos sete países mais desenvolvidos do mundo (G7) nem ao Grupo dos Vinte (G20, países desenvolvidos e emergentes).

BRICS "não são contraponto ao G7, nem ao G20, nem contra ninguém"
Notícias ao Minuto

17:35 - 22/08/23 por Lusa

Mundo Lula da Silva

"Os BRICS [bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul] não são um contraponto ao G7, nem ao G20, nem contra ninguém. Queremos nos organizar como um Sul Global, algo que não existia antes", disse Lula da Silva, numa transmissão ao vivo na rede social X (antigo Twitter).

A declaração foi divulgada antes da intervenção na XV Cimeira de chefes de Estado e de Governo dos BRICS, que começou hoje em Joanesburgo (África do Sul).

"Nós [os BRICS] somos importantes no debate global, e devemos sentar nas mesas de negociações, em pé de igualdade com a União Europeia e os Estados Unidos", destacou o Presidente brasileiro.

No quadro desse grupo de economias emergentes, que alguns especialistas consideram um desafio à hegemonia do Ocidente, Lula da Silva enfatizou a necessidade de "criar um mundo mais justo e solidário".

"O que devemos fazer agora é acabar com a fome no planeta Terra. É permitir que todos vivam com dignidade. Temos dinheiro para isso. Precisamos de vontade política. Os BRICS têm essa simbologia: criar um corpo novo e forte para melhorar o mundo", acrescentou.

Na mesma transmissão, o chefe de Estado brasileiro disse que promoverá uma "desdolarização" do comércio com os demais países do bloco BRICS.

"Vamos trocar nossas moedas e que os bancos centrais acertem no final de cada mês. Brasil com China, com Índia (...) Precisamos discutir isso", afirmou o Presidente brasileiro.

Espera-se que os líderes do BRICS continuem o debate sobre o fim da utilização do dólar nas suas economias durante essa cimeira na África do Sul.

"Defendemos uma moeda de referência de negócios para não precisar da moeda de outro país. Por que faço negócios com a China e preciso do dólar? Brasil e China são grandes o suficiente para fazer negócios com suas moedas ou em outra unidade de referência", acrescentou Lula da Silva.

Nesse sentido, o Presidente brasileiro disse que as economias emergentes "não podem ficar dependentes de um único país que tenha dólares" e "ser obrigadas a conviver com as flutuações" dessa moeda.

Lula da Silva fez esses comentários antes do início do Fórum Económico de Líderes, que se reúne hoje numa cimeira em Joanesburgo, que terminará na quinta-feira e na qual serão tratados temas como a expansão do bloco.

O evento contará com a presença dos presidentes do Brasil, da China, Xi Jinping, e da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anfitrião, além do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.

O Presidente russo, Vladimir Putin, deve falar por videoconferência devido ao mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra na Ucrânia.

Leia Também: Lula da Silva declara apoio à entrada da Argentina no bloco BRICS

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