A estimativa é da responsabilidade do Centro de Investigação sobre População e Desenvolvimento da China e foi citada este mês pelo jornal National Business Daily, segundo relataram as agências internacionais.
Os dados situam a taxa de natalidade em 1,09 filhos por mulher, um número que colocaria a China como o país com a menor fertilidade entre as nações com mais de 100 milhões de habitantes, e bem abaixo do nível de substituição geracional, que é de cerca de 2,1 filhos por mulher.
Segundo a agência espanhola EFE, o artigo em questão foi censurado e retirado da Internet, relatando que quando efetuada uma pesquisa pelo texto na rede social Weibo (o equivalente ao Twitter na China) surge uma frase que refere que "de acordo com leis e regulamentos" o conteúdo "não é exibido".
Apesar de várias ligações para o artigo original terem desaparecido no Weibo, ainda são encontradas referências à publicação.
Segundo dados oficiais, a taxa de natalidade na China, em 2020, era de 1,3 filhos por mulher.
A China anunciou, no início deste ano, o primeiro declínio populacional em mais de meio século, numa altura em que a queda na taxa de natalidade ameaça provocar uma crise demográfica no país, que deixou, entretanto, de ser o mais populoso do mundo, tendo sido ultrapassado pela Índia.
O Gabinete Nacional de Estatística (GNE) chinês informou que o país perdeu 850 mil pessoas em 2022, numa contagem que exclui as regiões administrativas especiais de Macau e Hong Kong e residentes estrangeiros.
A China encerrou assim o ano passado com 1.411,75 milhões de habitantes, tendo registado 9,56 milhões de nascimentos e 10,41 milhões de mortes, detalhou a mesma fonte.
Algumas cidades chinesas tomaram medidas para aumentar as taxas de natalidade, tais como incentivos económicos e a modernização dos serviços e infraestruturas para crianças.
Desde que abandonou a política do filho único, a China tem procurado encorajar as famílias a terem um segundo ou até terceiro filho, mas com pouco sucesso.
O maior custo de vida e com a saúde e educação das crianças e uma mudança nas atitudes culturais que privilegia famílias menores estão entre os motivos citados para o declínio nos nascimentos.
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