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Níger. Milhares de manifestantes defendem saída das tropas francesas

Milhares de mulheres, na sua maioria jovens, manifestaram-se hoje na capital do Níger, Niamey, para exigir a retirada imediata das tropas francesas, cujo destacamento no país foi autorizado pelo Presidente entretanto deposto num golpe de Estado.

Níger. Milhares de manifestantes defendem saída das tropas francesas
Notícias ao Minuto

16:56 - 19/08/23 por Lusa

Mundo Niamey

O protesto, organizado por várias organizações da sociedade civil, concentrou-se junto à base 101 da Força Aérea Francesa, onde os participantes entoaram palavras de ordem contra a presença militar francesa e a favor da junta militar nigerina, que se autodenomina Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria (CNSP).

"Viemos aqui para exigir a retirada das forças francesas. O regime do Presidente Bazoum estendeu o tapete vermelho para uma nova era de colonização do nosso país", disse à reportagem da agência espanhola de notícias EFE uma das organizadoras da manifestação, Naomi Binta Stansly.

Entre as palavras de ordem ouvidas durante a manifestação estavam "França fora, sois cúmplices dos terroristas que choram as nossas famílias", "Estamos unidos atrás do exército para a libertação total do nosso país" e "Abaixo a França, abaixo os traidores africanos e nigerianos".

Em 03 de agosto, a junta militar anulou (com prazos de 30 a 90 dias) os cinco acordos de cooperação em matéria de defesa e segurança assinados com a França, que tem 1.500 militares destacados no Níger para ajudar a combater o terrorismo 'jihadista'.

Além da grave crise de segurança, o Níger vive uma situação de instabilidade política desde o golpe militar que pôs fim ao mandato de Mohamed Bazoum, eleito em fevereiro de 2021 num sufrágio contestado pela oposição.

A Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO) enviou hoje uma nova missão a Niamey para tentar uma solução diplomática para o conflito, mas também para "transmitir firmeza" na intenção de avançar com uma intervenção militar regional para garantir o regresso à ordem constitucional no país.

Leia Também: Níger. CEDEAO em Niamey para transmitir "mensagem de firmeza"

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