Maior criador mundial de rinocerontes acusado de tráfico de chifres

O maior criador de rinocerontes do mundo, John Hume, e outras cinco pessoas foram acusadas na terça-feira de alegado tráfico transnacional de chifres, declarou hoje a unidade de elite da polícia sul-africana Hawks.

Rinocerontes

© Reuters

Lusa
20/08/2025 17:23 ‧ há 2 horas por Lusa

Mundo

África do Sul

Os suspeitos, com idades compreendidas entre 49 e 84 anos, que compareceram ao Tribunal de Magistrados de Pretória, estão a ser acusados de fraude, roubo, extorsão, lavagem de dinheiro e violação das leis de proteção ambiental.

 

Todos eles foram libertados sob fiança, com a obrigação de comparecerem numa próxima audiência marcada para 09 de dezembro, sendo que o empresário John Hume vai ter de pagar o valor mais alto entre os suspeitos.

A Hawks concluiu uma investigação de sete anos sobre tráfico transnacional de chifres de rinoceronte, que desvendou um esquema que envolve 964 chifres destinados a mercados ilegais no sudeste asiático.

"Uma vitória decisiva na luta da África do Sul contra os crimes internacionais contra a vida selvagem", declarou em comunicado o ministro das Florestas, Pesca e Meio Ambiente, Dion George, ressaltando a determinação do Governo sul-africano em proteger a biodiversidade e em fazer cumprir a lei.

John Hume possuía mais de 2.000 rinocerontes brancos, o que representa cerca de 15% da população mundial dessa espécie, que é caçada ilegalmente devido aos seus chifres, que podem chegar a 60.000 dólares (51.467 euros) no mercado negro.

Hume, que vendeu a reserva Platinum Rhino em 2023 para a Organização Não-Governamental (ONG) African Parks, gerou polémica em 2017 após realizar um leilão 'online' de chifres de rinoceronte, argumentando que o comércio legal poderia reduzir a caça ilegal.

Embora a lei sul-africana permita o comércio interno de chifres, o comércio internacional continua proibido pela CITES - Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção desde 1977.

Nos primeiros três meses de 2025, 103 rinocerontes foram mortos por caçadores ilegais na África do Sul e 420 em 2024, segundo dados do Governo.

Assim como o marfim, os chifres de rinoceronte são usados na medicina tradicional pelas suas supostas propriedades afrodisíacas, mas também são uma marca de prestígio social.

Leia Também: MP sul-africano retira acusações contra acusado de matar duas mulheres

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