MP sul-africano retira acusações contra acusado de matar duas mulheres

O Ministério Público (MP) da África do Sul retirou oficialmente as acusações contra um trabalhador agrícola acusado de matar duas mulheres negras e alimentar os porcos com os seus corpos.

coronavírus, África do Sul, Cidade do Cabo

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Lusa
07/08/2025 14:44 ‧ há 3 dias por Lusa

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África do Sul

Limpopo, África do Sul, 07 ago 2025 (Lusa) - O Ministério Público (MP) da África do Sul retirou oficialmente as acusações contra um trabalhador agrícola acusado de matar duas mulheres negras e alimentar os porcos com os seus corpos.

 

Adrian de Wet era um dos três homens acusados de homicídio após Maria Makgato e Lucia Ndlovu terem sido mortas enquanto procuravam comida numa quinta de suínos perto de Polokwane, na província de Limpopo, no norte da África do Sul, no ano passado, noticiou a BBC.

Os corpos das mulheres teriam sido dados aos animais numa aparente tentativa de eliminar as provas.

De Wet, que era supervisor da quinta, tornou-se, entretanto, testemunha do Estado quando o julgamento começou na segunda-feira e assegura que o proprietário, Zachariah Johannes Olivier, atirou e matou as duas mulheres.

Segundo noticiou o meio de comunicação britânico com base nos advogados do supervisor, este testemunhara que foi coagido a lançar os corpos no curral dos porcos.

Outro trabalhador da propriedade, William Musora, é o terceiro acusado.

Musora e Olivier ainda não apresentaram uma defesa e continuam detidos.

Pouco depois do encerramento da sessão do tribunal, na quarta-feira, o supervisor saiu do tribunal como um homem livre e foi levado pelos seus advogados.

O irmão de Makgato disse à BBC que a libertação de um dos homens supostamente envolvidos no assassínio da sua irmã significa que a justiça não será feita.

De Wet ficará sob custódia até ao final do julgamento, que terá agora um período de pausa e recomeçará em 06 de outubro.

O caso causou indignação generalizada em toda a África do Sul, o que exacerbou a tensão racial entre negros e brancos no país, uma marca ainda do regime do 'apartheid' que o país viveu durante décadas.

A maioria das terras agrícolas privadas desta nação, vizinha de Moçambique, permanece nas mãos da minoria branca, enquanto a maior parte dos trabalhadores agrícolas é negra e mal remunerada, alimentando o ressentimento entre a população negra, enquanto muitos agricultores brancos se queixam das altas taxas de criminalidade.

Leia Também: África do Sul reage a tarifas dos EUA com pacote económico e diplomático

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