Numa mensagem na rede social X (antigo Twitter), o governante indicou que ambos os detidos foram acusados de espionagem e que distribuíam o material de propaganda nas cidades de Varsóvia e Cracóvia, sem revelar mais pormenores.
A Polónia reforçou a vigilância sobre as atividades do grupo de mercenários liderado pelo oligarca russo Yevgeny Prigozhin, que abandonou os combates na Ucrânia e estabeleceu uma nova base de operações na Bielorrússia, após uma fracassada rebelião contra a hierarquia militar da Federação Russa.
O ministro da Defesa polaco, Mariusz Blaszczak, afirmou num vídeo divulgado nas redes sociais que a Bielorrússia terá um papel central no referendo convocado para 15 de outubro (no mesmo dia em que decorrem as eleições legislativas polacas), em que uma das perguntas é sobre a eliminação da vedação na fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia.
O Governo polaco destacou nas últimas semanas mais tropas na fronteira com a Bielorrússia por causa da presença dos mercenários do Grupo Wagner.
Varsóvia também justificou o reforço com um aumento do número de tentativas de entradas ilegais de migrantes através da fronteira bielorrussa, no que considerou ser uma guerra híbrida orquestrada por Minsk e Moscovo para desestabilizar a região.
As tensões entre Minsk e Varsóvia são atualmente elevadas, num contexto de divisão sobre a guerra na Ucrânia, com a Polónia a ajudar Kiev financeira e militarmente, enquanto a Bielorrússia é uma aliada de Moscovo.
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