Rússia assume que intensificou ataques em retaliação a contraofensiva

O ministro da Defesa da Rússia disse hoje que a intensidade dos ataques às "instalações militares ucranianas" aumentou, em resposta a ataques contra território russo, após mísseis russos destruírem instalações civis na terra natal do Presidente ucraniano.

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Lusa
31/07/2023 14:21 ‧ 31/07/2023 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"A intensidade dos ataques às instalações militares ucranianas, incluindo aquelas que apoiam esses atos terroristas, aumentou dramaticamente", explicou o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, comentando os recentes ataques de 'drones' na península anexada da Crimeia e em vários locais da Rússia, incluindo Moscovo, realizado no domingo.

"Perante a evolução da situação, medidas adicionais foram tomadas para melhorar as defesas de contra-ataques aéreos e marítimos", assegurou Shoigu, acrescentando que a contraofensiva ucraniana está a ser mal sucedida e que as armas ocidentais fornecidas a Kiev não estão a produzir efeito, "apenas estão a prolongar o conflito".

Shoigu alegou que Kiev se concentrou em "ataques terroristas contra infraestruturas civis de cidades da Federação Russa", explicando que o Exército russo intensificou os seus ataques contra instalações militares das forças ucranianas.

O motivo seria, segundo o ministro, a contra-ofensiva ucraniana "fracassada" iniciada a 04 de junho, apesar de ter "o apoio de patrocinadores ocidentais".

Também o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, garantiu hoje que a contraofensiva ucraniana "não está a ter sucesso", ficando muito aquém do desejado por Kiev.

"O regime de Kiev não está a ter sucesso. Além disso, está numa situação muito difícil. A operação militar especial continua", assegurou Peskov.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e altos oficiais militares ucranianos reconheceram nos últimos dias que a contraofensiva está a avançar mais lentamente do que o esperado, devido às medidas defensivas adotadas pela Rússia nos territórios que tem vindo a conquistar ao longo do conflito.

Contudo, Peskov atribui esta situação à falta de eficácia das armas fornecidas pelos países ocidentais, dizendo que estão a ser "usadas com pouca habilidade" pelas forças ucranianas.

Um ataque russo contra um edifício de apartamentos hoje na cidade de Kryvyi Rig, no centro da Ucrânia, fez cinco mortos, segundo o mais recente balanço das autoridades ucranianas.

O ministro do Interior ucraniano, Igor Klymenko, declarou ainda que 43 pessoas ficaram feridas no ataque.

"Os russos atingiram a cidade com dois mísseis", um dos quais destruiu vários andares de um "edifício residencial", afirmou Klymenko na rede social Telegram.

Em junho, Kryvyi Rig, a cidade natal de Zelensky, já tinha sido alvo de um ataque russo que matou pelo menos 12 pessoas. O ataque atingiu um bloco de apartamentos de quatro andares e um armazém.

Também as autoridades pró-russas de Donetsk, no leste da Ucrânia, denunciaram hoje um ataque ucraniano contra o centro da cidade que provocou dois mortos e seis feridos.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

Leia Também: Polónia alerta para aumento de entradas ilegais pela Bielorrússia

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