A ação foi apresentada no tribunal federal de Orlando pelo ex-líder dos Proud Boys, Enrique Tarrio, e Joseph Biggs, Zachary Rehl, Ethan Nordean e Dominic Pezzola.
Estes pretendem uma indemnização não especificada mais juros de 6%, e 100 milhões de dólares mais juros em danos punitivos, noticiou a agência Associated Press (AP).
O processo alega que os homens foram detidos sem causa provável suficiente e que os agentes governamentais encontraram posteriormente provas incriminatórias falsas.
Alegam ainda que foram mantidos durante anos em prisão preventiva, muitas vezes em regime de solitária.
"Os próprios autores não obstruíram os procedimentos no Capitólio, não destruíram propriedade do Governo, não resistiram à detenção, não conspiraram para impedir a ação policial nem participaram em distúrbios civis, nem planearam ou ordenaram que qualquer outra pessoa o fizesse", pode ler-se no processo.
Tarrio, Biggs, Rehl e Nordean foram condenados por conspiração sediciosa e outros crimes pela sua participação no motim no Capitólio, em 06 de janeiro de 2021, quando manifestantes incentivados por Donald Trump tentaram impedir o Congresso de certificar a vitória do ex-presidente, o democrata Joe Biden, sobre o republicano nas eleições presidenciais de 2020.
Pezzola foi absolvido da acusação de conspiração, mas condenado por roubar o escudo antimotim de um polícia e usá-lo para partir uma janela.
Depois de regressar ao cargo no início deste ano, Trump concedeu o perdão a quase todas as mais de 1.500 pessoas que invadiram o Capitólio.
Sugeriu mesmo que membros das milícias Proud Boys e Oath Keepers, cujos líderes foram condenados, poderiam entrar na política norte-americana.
Antes do ataque ao Capitólio, os Proud Boys eram mais conhecidos pelas lutas de rua com ativistas antifascistas.
Embora Tarrio tenha recebido o perdão, os outros quatro autores viram as suas sentenças comutadas. O processo refere que todos os quatro solicitaram perdão em 13 de maio.
No início de maio, Enrique Tarrio anunciou na rede social X um encontro com Donald Trump.
Na propriedade de Mar-a-Lago, o clube privado do Presidente no Estado da Florida, Tarrio disse ter tido uma "grande conversa" com Trump, que o convidou a ele e à mãe para jantar.
Um funcionário da Casa Branca citado pela AP confirmou o encontro, mas disse que o mesmo não foi planeado, proporcionando-se por Tarrio estar no clube para jantar com um membro, que o apresentou a Trump.
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