O magnata, de 74 anos, que foi eleito duas vezes primeiro-ministro antes de ser deposto por um golpe militar em 2006, há muito que tinha manifestado o desejo de regressar à Tailândia.
Condenado à revelia a dois anos de prisão por corrupção num processo que considerou político, Thaksin Shinawatra enfrenta numerosas acusações que remontam aos anos em que foi chefe de Governo.
O regresso de Thaksin poderá inflamar uma situação política já tensa.
O reino encontra-se numa situação de impasse político desde que o Senado, dominado pelos militares, impediu o líder do Partido do Movimento para a Frente (MFP) de se tornar primeiro-ministro, depois de o partido reformista ter ganho as eleições de maio.
"Não acredito no que estou a escrever. O pai vai regressar a 10 de agosto no aeroporto de Don Meung", escreveu a filha Paetongtarn Shinawatra, na rede social Facebook.
Paetongtarn Shinawatra foi candidata ao cargo de primeiro-ministro pelo partido Pheu Thai, que ficou em segundo lugar nas eleições e está agora a tentar formar governo, depois do fracasso do MFP.
Poucos dias antes das eleições de maio, Thaksin tinha afirmado nas redes sociais que regressaria à Tailândia "antes do aniversário".
"Decidi regressar a casa para criar os meus netos", escreveu na rede social Twitter.
Odiado pelas elites tradicionais de Banguecoque, mas adorado pelas classes trabalhadoras do Norte e do Nordeste, que beneficiaram das políticas sociais de Thaksin, o antigo polícia que fez fortuna no setor das telecomunicações continua a ser uma figura polémica.
"Aceitarei o procedimento legal e, no dia do meu regresso, o país vai continuar a ser governado pelo governo provisório do general Prayut Chan o-cha", declarou Thaksin, em maio.
Leia Também: Votação para nomear novo primeiro-ministro da Tailândia adiada